domingo, 3 de novembro de 2013

A VEZ DO VERMELHO

Este será o quarto Furacão e Saci do ano. Três empates, dois conseguidos pelo Inter nos últimos minutos, o derradeiro zero a zero garantiu o passaporte Rubro-Negro para a semifinal da Copa do Brasil, diga-se de passagem, o pior dos três encontros.

O Inter já entregou a rapadura, já está se preparando para 2014, procurando jogadores, discute-se o nome do treinador, apontam o goleiro Julio Cesar como contratação pretendida. Nada disso indica que vá dar moleza ao Furacão, com 42 pontos ainda existirá uma chance mínima de Libertadores caso vença em Curitiba. É franco atirador, traiçoeiro, não se pode dar bobeira.

O clima de fim de festa é tão declarado que a escalação do colorado está escancarada em todos os sites: Muriel; Gabriel, Alan, Jackson e Kleber; Airton e Willians; D’Alessandro, Alex e Jorge Henrique; Scocco.

É um 4-2-3-1 com alternância de jogadores caindo pelos lados do campo. D’Ale e Jorge Henrique buscarão espaços pela esquerda e direita, Alex mais centralizado vai tentar os chutes de fora, Scocco vai se movimentar entre os zagueiros, buscar a brecha para entrar livre na cara de Weverton.  

Não há novidade. Os jogadores se cumprimentam, o jogo começa e as marcações já experimentadas se confirmam, lá vai o Deivid de braço dado com o D’Alessandro, o Willians pega o Paulo Baier e assim por diante.

A minha preocupação é Scocco. O argentino é bom jogador, anda pela reserva do Inter, mas sabe jogar. No segundo tempo do 1 a 1 deu um trabalho danado. Vai entrar onde gosta de jogar, como diz ele: “É a posição (centroavante) que prefiro e sei que posso render. Sei jogar, com liberdade para mover da esquerda e da direita. No Newell's, jogávamos com três atacantes. Estou entrando e me sentindo cômodo”. Cômodo, sem pressão, vai incomodar. Tem que cuidar, dele e do D’Alessandro Mata Jogo, sempre um perigo.

O Atlético tem que forçar o setor esquerdo colorado, onde Alan e Kléber atuam, tentar a infiltração central aproveitando-se também de Jackson, a cada atrasada do zagueirão cai um colorado fulminado por infarto nas arquibancadas.

A falta de compromisso do Saci não pode se refletir no elenco atleticano. Entrou relaxado, toma gol e vai nos colocar em dificuldades. O jogo para o Furacão é de vida ou morte, para viver tem que jogar bem, esquecer o bumba meu boi em que se transformou a última partida entre os dois rivais na Vila Caldeirão.

Ao findar da tarde, o resultado de Goiás e Botafogo já será conhecido. Vencendo o Goiás, o Furacão entra em campo para vencer de qualquer maneira. Penso que esse deveria ser o objetivo intrometido na cabeça de cada jogador desde a vitória contra o Grêmio. Estamos em fase de chinelar gaúcho. De quatro em quatro dias é um sapeca iá-iá no azul, outro no vermelho. Chegou a vez do vermelho.

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