segunda-feira, 25 de novembro de 2013

LEVADOS NA MÃO

Quem viu o resultado de goleada, jamais imaginaria meu desconforto nos primeiros vinte minutos de jogo. O início do Furacão foi tudo o que eu não gosto, pautado no lançamento longo, por incrível que pareça a partir de Weverton. O Náutico marca a saída de bola, a zaga recua para o moicano, lá vai o pombo procurando o erro da defesa. Em que momento o Atlético inventou essa modalidade de sair para o ataque. Mas... Mas... Paremos de lamentações, vamos comemorar a vitória, a maior goleada do atual Brasileiro.

Aos vinte e cinco, Zezinho avançou, passou a Everton pela esquerda e entrou na área para cabecear e marcar. Por que será que eu gosto de Zezinho avançado? A jogada lembrou seu gol no 3 a 1 histórico do Super-23 contra o Coxa, seu passe para alguém livre na direita, o cruzamento, Edigar Junior finaliza na trave, volta na cabeça do pequeno Zé, gol do garoto.

Mais uns minutinhos, Marcelo rouba bola, passa a Éderson, daí a Baier, 2 a 0. A troca de passes resolveu o problema, trouxe luz ao jogo rubro-negro. O gol do Náutico logo ao primeiro minuto da segunda fase me inquietou por pouco tempo. O gol de Felipe em chute de fora definiu os rumos da partida. Daí foi aumentar com a penalidade sobre Baier, batida por Éderson, cada vez mais artilheiro, o segundo de Felipe com belíssimo passe de peito de Baier, o sexto da partida com oportunismo de Cleberson, retornando depois de quase um ano afastado. Bom retorno Cleberson. Fez falta o ano todo.

Ótimas atuações de Baier, um gol, um pênalti, uma excepcional assistência, Éderson, uma assistência, um gol, o passe para Baier assistir Felipe, Felipe com dois gols, Manoel com participação impecável. A maior aproximação de Baier da área foi fundamental.

Quem atentar para a escalação atleticana – Weverton; Juninho, Manoel, Luiz Alberto e Zezinho; Deivid, Felipe, Everton e Paulo Baier; Marcelo e Éderson – vai encontrar somente três jogadores não componentes da equipe que subiu para a primeira divisão, Juninho, Everton e Éderson. Comparando-se com as dezenove contratações do Cruzeiro, fizemos um milagre.

No que o jogo contra o Timbu contribuiu para a partida de quarta-feira. O amigo sabe que eu quero mais posse de bola, jogo lateral, entendido como mais troca de passes na frente da área, menor utilização da bola espetada. A participação do toque-toque Felipe no lugar de Everton pode ser solução interessante. Baier como segundo atacante é outra boa possibilidade. Se é para jogar um toque, talvez seja melhor ali na entrada da área.

Penso que a escalação do Furacão para quarta-feira depende muito da recuperação de João Paulo. O fraco Náutico deu ao Atlético a chance de jogar futebol, trocando bolas, algo que estava caindo no esquecimento. Neste aspecto o jogo foi excelente. O atleticano que já está de malas prontas ganha um alento, é bom ter em final time que saiba alternar bolas longas com boa troca de passes.

Mancini já tem seu time na cabeça, o torcedor leva o time no coração. Até quarta-feira, coração e jogadores serão carinhosamente levados na mão.

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