sábado, 16 de novembro de 2013

PASSAPORTE PARA A LIBERTADORES

Com a torcida pintada para a guerra deflagrada pela saída do G4, onde estava desde a quinta rodada, cinco meses e cinco dias, o Botafogo entra em campo hoje preocupado com a invasão do treino, pede calma, paciência, promete fazer dar tripas coração nestas últimas rodadas para voltar à Libertadores.

No meio de semana, Oswaldo de Oliveira era o desalento sentado à beira do gramado, o 0 a 0 contra a Portuguesa tirou o fôlego do comandante. Mesmo assim, nada a esconder. O time vai com Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e Júlio César; Renato e Gabriel; Hyuri, Seedorf e Rafael Marques; Elias. Suspenso Marcelo Mattos, entra Renato. O cansaço de Hyuri pode escalar Octávio.

O jeito de jogar não muda. O time defende com duas linhas de quatro, a segunda com Hyuri pela direita, Renato e Gabriel bloqueando o centro do dispositivo, Rafael Marques o setor esquerdo. Elias e Seedorf incomodam o início das jogadas adversárias, podem ajudar a defesa em momento específico, mas são referências para os lançamentos longos, bases para contra-ataque. Forte pelos lados do campo, a defesa é vulnerável às jogadas centrais.

A saída de bola acontece preferencialmente pelas laterais. A entrada de Renato pode tornar o princípio da articulação mais frequente pela faixa central. Pressionado pelo adversário, o iniciador das jogadas atrasa a bola aos zagueiros sem melindres, é bom estar atento, Dória tem lá suas dificuldades no controle da gorduchinha.

O Fogão ataca com o avanço central de Gabriel, Hyuri pela direita, Seedorf centralizado com liberdade para cair pelos lados, gosta de se esconder ali pela ponta esquerda de onde faz ótimos cruzamentos, Rafael Marques pela esquerda, Elias fixo entre os zagueiros. Um gráfico de posicionamentos mostraria Elias dentro da pequena área, pronto para finalizar, Rafael Marques em todos os espaços da grande área, sobrou a finalização sai forte e precisa.

Os laterais vão ao ataque, Edilson cruza da intermediária ofensiva, cai pelo meio para chutar forte da entrada da área. Tem que cuidar. Júlio César é de chegar na linha de fundo, entrar área adentro para receber passe na frente do goleiro. Manoel tem que estar de olho na cobertura de Jonas.

E Seedorf? O holandês é o maestro, trota pelo campo, puxa a marcação, abre espaços, enfia bolas. Parece cansado, craque mesmo cansado é problema.

As paradas são de Edilson. Bombas altas e rasteiras. Elias e Rafael Marques estão na frente do goleiro esperando o rebote para colocar para dentro. Melhor evitar as faltas. Nos escanteios, Rafael Marques e Bolívar estão no segundo pau para cabeceio de retorno. É bom marcar.

A Portuguesa diminuiu o calor do Fogão jogando de mano, acelerada, mantendo o time do Garrincha em sobressalto. O jogo em início de noite pode permitir ao seu Vavá exigir empenho superior, tentar a vitória, usando os atalhos do Maracanã, atalhos que nos levarão ao título de campeão da Copa do Brasil. É jogo duríssimo. Bobeou fica em dificuldades. Jogou sério, fica dependendo só da assinatura no passaporte para a Libertadores.

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