segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CHEGAMOS PARA FICAR

No Sul do país do futebol não tem para ninguém, o Furacão é quem dá as cartas neste glorioso ano de 2013. Quarta-feira, vamos carimbar nossa passagem para a final da Copa do Brasil e ratificar nossa superioridade abaixo do Paranapanema, o sapeca ia-iá a aplicar nos azuis vai nos colocar no paraíso. Coxas sequem com moderação.

O Atlético enfrentou o Inter abaixo de chuva e venceu com merecimento. Para expressar em números a superioridade, o Colorado só exigiu defesa importante de Weverton aos 22 do primeiro tempo, em ótimo chute de fora de Jorge Henrique. Depois disso, foi submetido à marcação atleticana e assistiu Muriel fazer milagres que justificariam sua canonização imediata, nada da necessidade da comprovação dos prodígios, eles estavam lá claros no chute rasteiro de Dellatorre, na cabeçada fulminante de Luiz Alberto, no toque sutil que levou a cobrança de falta de Éderson a chocar-se contra a trave.

Foi uma grande partida do Furacão, forte na marcação, eficiente na transição da defesa para o ataque, os chutões do jogo anterior ficaram para trás, o time funcionou bem como um todo.

É interessante como lances específicos têm o poder de mudar o rumo do jogo. Logo após bom início rubro-negro, caracterizado por dois gols anulados por impedimento, o Inter equilibrou a partida e passou a jogar melhor, controlando a posse de bola, chegando ao ataque, dando a impressão de estar em casa, só faltando o chimarrão e alguém entoando Canto Alegretense na arquibancada.

Aos trinta, Baier, com dificuldades para coordenar o meio de campo, pega uma bola na entrada da área e chuta raspando a trave. Um minuto depois, Dellatorre obriga Muriel a excepcional defesa no chão escorregadio. O futebol eficiente do Inter acabou aí.

O Atlético cresceu, na sequência Éderson chutou, a bola explodiu no braço de Willians, o juizão mandou seguir, Everton cruzou, Luiz Alberto foi deslocado no momento do cabeceio também por Willians, sua senhoria fez que não viu, aos 44, Éderson entrou pela direita, olhou, mirou, lançou, Dellatorre guardou. É o que eu digo, com Éderson e Dellatorre em campo...

O segundo tempo foi de amplo domínio atleticano. Muriel foi o destaque da partida, salvou o colorado de levar surra de laço inesquecível. Everton esteve no comando das principais jogadas ofensivas do Furacão, a turma da cozinha assou a costela com cuidado, quando o fogo ameaçou crescer, deu logo um sacode, jogou sem riscos o tempo todo.

Aos quinze do segundo eu já estava querendo descansar o PB, pedindo por Mérida. Seu Vavá me atendeu aos vinte. Roger já entrara no lugar de Dellatorre contundido, Zezinho substituiu Éderson aos trinta e dois, tudo dentro do protocolo de assar o vermelho no domingo, pensando em fritar o azul na quarta.

O fim de tarde anunciou um novo vice do Brasileiro, que não está em nenhuma das chamadas televisivas para o campeonato. É bom mudar o enfoque, procurar nos arquivos as belas imagens proporcionadas pela linda camisa do Furacão, desta vez, chegamos para ficar.

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