quarta-feira, 13 de novembro de 2013

VOLTA COM TRÊS PONTOS

Tive paciência de Jó para assistir Náutico e Criciúma, só para espiar o nosso adversário de hoje. Jogo duro, nem a melhor das poltronas, a pipoca caramelizada, o refrigerante borbulhante deram conta do sono persistente.

Em início de partida, o Tigre sonolento facilitou o que pôde, esteve a ponto de perder a partida nos doze primeiros minutos. Maicon Leite e Thiago Real perderam gols incríveis. A emoção parou aí, a fera acordou e equilibrou a partida, sem rosnar, sem fazer gracinha, apenas deixou de entregar na defesa.

O time carvoeiro começou com Gallato; Sueliton, Matheus Ferraz, Fabio Ferreira e Diego Hoffman; Henik e João Vitor; Ricardinho e Ivo; Wellington Paulista e Lins. Um 4-4-2 clássico, dois volantes, dois armadores, dois atacantes. Simples como tem que ser time tentando fugir da zona do rebaixamento.

Clássico no esquema, defende com 8 atrás da linha da bola, ataca com Sueliton avançando pela direita, João Vitor fazendo o elo entre a defesa e os meias, os atacantes centralizados, aproximando-se, por vezes um deles cai pelo lado esquerdo do campo. Mesmo com o esforço de João Vitor e Ricardinho o time não funcionou no ataque, só ao final do tempo Wellington raspou bola longa, deixou Lins livre para marcar, chutou para fora.

O técnico Argel, suado como nos seus tempos de zagueiro, resolveu mudar. O meia Ivo foi para a lateral esquerda, entrou André Gava no lugar de Diego Hoffman, tornou-se referência no centro da intermediária ofensiva, um gerente de toda a movimentação do ataque catarinense. Funcionou sem impressionar, mais posse de bola, mais ação ofensiva, sem incomodar demais Ricardo Berna.

Quando o técnico do Náutico cansou de gritar “Diminui! Diminui!”, Wellington Paulista arrumou um espaço e mandou bala do meio de campo. Gol do Tigre.

As notícias de Santa Catarina mostram modificações na equipe: Galatto; Sueliton, Matheus Ferraz, Fábio Ferreira e Marlon; João Vitor, Henik e Serginho (volante, ex-Galo); Ricardinho; Wellington Paulista e Lins devem jogar. O time se fortalece defensivamente, libera o avanço de João Vitor, dá liberdade para Ricardinho rodar o ataque todo. Bom para começo de jogo.

Resolvendo atacar, Argel pode trocar Henik por Morais, ex-Furacão, fica com João Vitor pela direita, Ricardinho em toda a frente e Morais pela esquerda para criar jogadas para a dupla de ataque. Como começa só o seu Argel sabe.

Contra o Náutico o time foi fraco e pouco intenso, um chafé requentado, centralizando todas as jogadas de ataque. Ricardinho bate as paradas para Wellington Paulista e Matheus Ferraz. Acerta. Sueliton com um metro de espaço cruza na área de onde estiver. João Vitor é o início de todas as jogadas. Tem que bloquear. A defesa leva bola nas costas, Galatto, nos tempos de Furacão, me dava arrepios em todas as bolas aéreas.

Pode ser que a torcida empurre, seja outro jogo, mas o Tigre que venceu o Náutico dá muito espaço para jogar, é lento, se forçar entrega. Depois de conhecer o felino, acho que o Atlético fez bem em forçar cartões, descansar jogadores. Se jogar com a alma dos últimos jogos, não importam os artistas, volta com três pontos.

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