segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ESPERAR PELO ACASO

Atropelado por um piripaque na sexta-feira à tarde nível nove graus na escala Richter, passei o sábado no leito, assistindo jogos de variados campeonatos do Velho Mundo. Pulando de um para outro vi a vitória do Barça contra o Las Palmas, o empate do Real com o Malaga em Madrid, as vitórias do Bayern contra o Mainz e do Liverpool contra o Aston Villa. Conclusões rápidas.

O futebol brasileiro está atrasado no mínimo, no mínimo, dez anos em relação ao futebol europeu, falo em termos de futebol jogado, falo de disciplina, falo de espetáculo. Jogadores como Neymar, Douglas Costa e Philippe Coutinho arrebentam em seus clubes. É impressionante o sucesso dos treinadores argentinos. Mesmo no zero a zero em Madrid, o Real finalizou 23 vezes, o Malaga dez. Jogaço de noventa e lá vão minutos. Aos 90 o assistente anulou gol legal do Real, nenhum chilique, ataque ao árbitro, jogo que segue.

Mal comparando, o futebol brasileiro é de um amadorismo que vai do andar térreo à cobertura, onde as poucas saliências se devem mais ao acaso do que a trabalho pavimentado no conhecimento, mesmo que aqui e ali se observem tentativas bem intencionadas. O Celta de Vigo, que no meio de semana meteu 4 a 1 no Barça, se viesse aqui derrubava meio mundo, o Bayern era 7 a 1 todo dia.

O Atlético já arrumou um treinador interino, é o português Sérgio Vieira, indicação do tal DIF, ainda vou pedir emprego ao rapaz dono desse instituto de altas ciências futebolísticas. Qual o respeito que os jogadores dedicam ao interino, qual sua qualificação, qual sua experiência frente a desastres iminentes? Ninguém sabe. O que vai acontecer? Ninguém sabe. Para onde vamos? Ninguém sabe. Nem precisa. O jeito é esperar, esperar pelo acaso.

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