terça-feira, 1 de setembro de 2015

VAMOS VER

Existem treinadores bons de entrevista, um deles é seu René Simões, hoje técnico do Figueira. Antes de Figueira e Vasco, perguntado sobre o jogo de duas equipes vindas de ótimos resultados em meio de semana, ressaltou os desempenhos passados, mas mostrou sua dúvida sobre as performances do dia, como se os ânimos estivessem fora de controle do treinador. “Vamos ver” afirmou. O Vasco martelou o jogo todo e perdeu no último minuto, gol do nosso Marcão, o pezão de coelho do Figueira.

As palavras do seu René reproduzem o dito militar de que “nenhum planejamento resiste ao primeiro disparo”. Começado o jogo, um desalentado, um distraído quebra a corrente, coloca tudo a perder. Contra Flamengo e Internacional, o mesmo Colorado que tomou três do Avaí, perdemos no alvorecer da refrega. Lá nos tempos do Brasil tricampeão dizia-se que fora de Curitiba nossos jogadores passavam os primeiros minutos maravilhados com o Maracanã, com o Morumbi, com o Pelé, com o Ademir da Guia, quando acordavam para o jogo o placar já ia longe. Não é mais o caso.

Pelés inexistem, melhor que a nossa arena difícil encontrar. Quem sabe umas loirinhas na primeira fila possam distrair a atenção. Fora essa justificativa cinco estrelas, péssimos rendimentos em início de partida, a submissão ao sufoco, a dificuldade para jogar não encontram qualquer amparo em futebol em que tudo se vê, o adversário é conhecido em detalhes, tudo poder ser previsto, antídotos administrados para todos os venenos. Perder pode, é do jogo, entregar a partida é crime de lesa pátria.

Pego jornal de distribuição gratuita e leio que o Atlético do seu MM tem na “força energética” a base dos seus bons resultados. Amanhã tem Atlético e Galo no Independência. Boa oportunidade para medir o valor dessa força. Vamos ver. 

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