sexta-feira, 11 de setembro de 2015

UM DEZ FAZ FALTA

Lendo manchetes sobre a noite infeliz em Floripa encontro um “sem vontade”. O homem das maiúsculas vai me permitir discordar. Não faltou esforço. O Atlético desorganizado correu, tentou e próximo do mar, sentindo aquela maresia toda, morreu na praia, cansado de errar passes, de deslocar sem receber, de se apressar sem necessidade. Repito, não faltou esforço.

O texto rápido em final de jogo desanimador, a falta da obrigatória revisão pode ter levado o amigo a imaginar que não gostei da atuação de Walter. El Gordito fez boa partida. Responsável, consciente que daquele meio de campo nada sairia, voltou para buscar, caiu pelos lados, cruzou, deu passes, chutou de fora, foi muito além do exercício da sua função de atacante. Infelizmente, Walter não pode cruzar e correr para finalizar. Faz o que pode.

Vendo Grêmio e Corinthians fiquei entusiasmado com a atuação de Douglas, o veterano Douglas. O principal armador do tricolor gaúcho parece estar sempre desmarcado, a bola o procura, chega aos seus pés e sai limpa para o companheiro em movimento, em fim de jogo está dentro da área finalizando com perigo. Então me pergunto: Por que no Atlético o armador pega na bola três vezes por partida? Por que o Atlético é um cemitério de armadores? Por que Walter tem que voltar para fazer a função do especialista?

É praga de Paulo Baier? A bola longa anula a participação do armador? O jogo lateral, as frequentes viradas de jogo contribuem para o afastamento do armador da partida? O esquema dá pouca importância ao número dez? O armador se esconde, se submete à marcação? Os armadores do elenco têm pouca qualidade? O amigo sabe a resposta, a solução para o problema? Se souber ligue-se ao seu MM com urgência. Um dez faz falta.

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