domingo, 20 de setembro de 2015

OLHO NOS OLHOS

Domingo de sol, domingo de futebol, domingo especial, domingo de Atletiba. Já foi melhor. Houve um dia em que dividíamos o treme-treme, as torcidas davam show, tempos que não voltam mais. Ficam para a história as imagens, os relatos apaixonados, quem sabe em algum gravador a voz de um locutor gritando gols, por trás dele o rumor das torcidas em êxtase.

Mesmo assim, o clássico é motivador irresistível, as filas na arena magnífica iam longe, a luta pelos poucos ingressos seguia intensa sob o sol escaldante de fim de inverno. O torcedor rubro-negro está confiante, imagina que o pior já passou, hoje é o dia de dar a volta por cima. A confiança do torcedor é a origem do sucesso.

Vamos lá de olhos fechados, esquecendo desconfianças, acreditando na melhor das jornadas de cada um dos onze escalados, seja quem for, um favorito, um pesadelo de chuteiras. Dias atrás, lendo comentários, amigo atirou no que chamou de vacas sagradas do seu MM. Eu não acho que o treinador tenha vacas sagradas, afinal os velhinhos se alternam na escalação, acho que ele tem bezerros sagrados donos de camisa sem rendimento para garanti-la.

Penso que seu MM deveria chamar esses meninos e ter uma conversa séria. Algo assim como “Eu já estou a perigo, se caio, vem outro e vocês perdem a mamata. Então é bom jogar como gente grande, acertar passes, ser objetivo, render o que até hoje não renderam”. Algo assim ao pé de ouvido, com aquele risinho simpático, sem que ninguém perceba. No clássico precisamos de onze jogadores vivos, a escalação pode ser feita olhando nos olhos minutos antes da entrada em campo. Vamos lá seu MM, olho nos olhos.

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