Se o futuro técnico do Atlético viu o
empate contra o Londrina deve ter tirado duas conclusões.
Primeira. Jogando com dois atacantes
abertos pelos lados, esses guerreiros recebem missão impossível, tal a solidão
que lhes é imposta. A bola chega aos seus pés, até com alguma liberdade quando
da virada de jogo, e a partir daí o time todo assiste a luta do premiado contra
três defensores sem qualquer aproximação que lhe dê algum apoio. Caso consiga
uma brecha para cruzar, e o faça, dificilmente encontrará mais de um
rubro-negro dentro da área. É a antítese do futebol coletivo.
Segunda, formando um losango ofensivo
pelo corredor central do ataque – observe-se a equipe após a entrada de Nikão –,
com Vinícius fazendo a transição pelo meio, Nikão pela direita e Marquinhos
pela esquerda, mas não pelos lados do campo, e Walter centralizado na frente da
área. O esquema aproximou os jogadores, melhorou a qualidade do passe, fez o
Furacão controlar a partida, poderia ter vencido.
É óbvio que o Atlético tem que acumular
jogadores pelos lados do campo. Pela direita Eduardo, Ewandro – para usar a
escalação do final da partida – e Vinícius, pela esquerda Roberto, Marquinhos e
Otávio por exemplo. É óbvio que a aproximação dos atacantes pelo meio
funcionou, se o avanço dos laterais acontecer melhora, pelos motivos que o
amigo conhece, não vou ensinar a missa ao vigário.
O resultado foi bom, o Atlético
finalizou mais, descobriu alguém que sabe bater uma falta direta. Descobriu um
tesouro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário