Entrei na Arena magnífica de preto e
sai de vermelho, ressuscitado do pesadelo vivido em Belo Horizonte. Melhor, sai
confiante em futuro melhor. O Atlético perdeu a baianidade, a modorra, o jeito
lento de jogar, como disse o próprio Autuori em entrevista ao final da partida “a
grande vitória veio da atitude”.
O time entrou em campo para atropelar o
PSTC. Foi para cima, pressionou, apertou, como se dizia antigamente, “aperta que
eles entregam”. A resultante do aperto foi uma pixotada tremenda do seu Tayron,
com um estranho cabeça-pé – só vendo no replay –, marcou contra, bem no cantinho.
Aberto o placar, mantida a pressão, a goleada era certa. Ela veio ainda no
primeiro tempo, três a zero com facilidade.
O Atlético ainda marcaria um quarto gol
com André Lima logo aos seis da segunda etapa. O 99 fez dois, por pouco não
pede música. Logo aos doze seu Autuori começou as substituições, o time voltou
para jogar no meio de campo, foi para o descanso merecido. A partida parecia
acabada em emoção e espetáculo. Então entrou Giovanny para o meu encantamento.
Senhores, esse menino sabe driblar,
sabe passar, sabe finalizar tirando do goleiro. Entrou pela esquerda e deu
passe na medida para Anderson Lopes, entrou pela direita e tocou por cima de
Lucas, o zagueiro salvou sobre a linha. Lá pelo final do jogo, ao receber a
bola ainda no campo atleticano, um cabeçudo veio lá da defesa e deu uma pancada
por trás no menino, diploma doloroso pela sua competência e atrevimento.
Amigos, eu adoro goleada, eu adoro
drible. Acho que uma das causas da decadência do nosso futebol é a morte do
drible, perdemos a nossa principal característica, o que fazia a diferença. Assim
saúdo a goleada, saúdo a atuação de Giovanny. Assim é o futebol. Outro dia vivi
o inferno, hoje vivo o paraíso.
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