segunda-feira, 21 de março de 2016

VERMELHA DE VERGONHA

Uma partida perfeita do Coritiba desmantelou o Atlético, manteve-o nas cordas praticamente todo o jogo, resultou em dois a zero que só não foi maior por sorte. Ao cambaleante rubro-negro correspondeu uma torcida sem forças, de bandeiras enroladas, acuada no seu canto, sem entender o porquê daquele time fraco em criatividade e valentia. O vexame aconteceu dentro e fora do campo.

O Atlético que não consegue chutar a gol marcou presença mais uma vez. Que eu me lembre um cabeceio de Pará para fora e foi só. Aliás, o Furacão pouco passou do meio campo. Quem viu o primeiro tempo ficou com a impressão que o clássico servia apenas para a primeira linha de defesa atleticana trocar passes, parte de um treinamento que não envolvia a transição para o ataque, o jogo ofensivo ficaria para outra oportunidade.

Vinícius, a maior esperança na criação de jogadas desapareceu do jogo, Pablo estava escalado, mas não compareceu, Walter fez o que pôde, Marcos Guilherme fez mais do mesmo, Deivid e Otávio pouco avançaram, os laterais quando foram à frente abriram as portas para os gols alviverdes. O treinador de nível que eu tanto pedi tomou um nó tático do Gilson Kleina. Podia ficar sem essa.

Vou repetir. Se as contratações não estão resolvendo é necessário voltar ao mercado. Se o esquema institucional impede que o Atlético chute a gol deve-se liberar o treinador para mudar, impossível ficar com André Lima no banco com um ataque zero gol. É bom reunir os jogadores e explicar que o Atlético é o time da raça, da vergonha na cara, desde o tempo em que os salários não eram pagos em dia, que as camisas desbotavam nos varais atrás do gol dos fundos. Esse time sem alma nada tem a ver com o meu Furacão. A noite vai longe, olho pela janela e a Magnífica está em brasa, vermelha de vergonha.

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