Uma partida perfeita do Coritiba
desmantelou o Atlético, manteve-o nas cordas praticamente todo o jogo, resultou
em dois a zero que só não foi maior por sorte. Ao cambaleante rubro-negro
correspondeu uma torcida sem forças, de bandeiras enroladas, acuada no seu
canto, sem entender o porquê daquele time fraco em criatividade e valentia. O
vexame aconteceu dentro e fora do campo.
O Atlético que não consegue chutar a
gol marcou presença mais uma vez. Que eu me lembre um cabeceio de Pará para
fora e foi só. Aliás, o Furacão pouco passou do meio campo. Quem viu o primeiro
tempo ficou com a impressão que o clássico servia apenas para a primeira linha
de defesa atleticana trocar passes, parte de um treinamento que não envolvia a
transição para o ataque, o jogo ofensivo ficaria para outra oportunidade.
Vinícius, a maior esperança na criação
de jogadas desapareceu do jogo, Pablo estava escalado, mas não compareceu,
Walter fez o que pôde, Marcos Guilherme fez mais do mesmo, Deivid e Otávio pouco
avançaram, os laterais quando foram à frente abriram as portas para os gols
alviverdes. O treinador de nível que eu tanto pedi tomou um nó tático do Gilson
Kleina. Podia ficar sem essa.
Vou repetir. Se as contratações não
estão resolvendo é necessário voltar ao mercado. Se o esquema institucional
impede que o Atlético chute a gol deve-se liberar o treinador para mudar,
impossível ficar com André Lima no banco com um ataque zero gol. É bom reunir
os jogadores e explicar que o Atlético é o time da raça, da vergonha na cara,
desde o tempo em que os salários não eram pagos em dia, que as camisas desbotavam
nos varais atrás do gol dos fundos. Esse time sem alma nada tem a ver com o meu
Furacão. A noite vai longe, olho pela janela e a Magnífica está em brasa,
vermelha de vergonha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário