Depois do jogo de quarta a queda do seu
Cristóvão era tão certa quanto a prisão do Lula. Questão de tempo.
Tenho certeza que os treinadores
brasileiros estão plenamente satisfeitos com o cai-cai que envolve suas vidas
profissionais. Abandonam os clubes abanando o rabo, satisfeitos com os baús de
dinheiro recebidos, por que deveriam se aborrecer se amanhã outros encontrarão
neles a solução para seus problemas e os contratarão a peso de ouro? É um ciclo
virtuoso onde a conta bancária só engorda.
No sítio do Caju a Cuca pegou seu
Cristóvão. O amigo entendeu o alcance da frase? O finado treinador do Furacão
pediu para cair. Satisfeito com as contratações, julgando-se o mais feliz dos
mortais, esqueceu-se de fazer o time jogar, exigir da equipe o rendimento que
todos esperavam. Os meses se passaram e os resultados muito ruins o conduziram
ao acordo que o deixará um pouco mais rico. Difícil acreditar que esteja
aborrecido.
O Atlético gigante tem que entender a
necessidade de contratar treinador do nível do seu gigantismo. Penso que o seu
Sallim é consciente da mandatória materialização dessa igualdade. Chega desses
picaretas de plantão, vamos contratar um vencedor, um motivador de vestiários,
um estrategista, alguém que possa nos levar a instâncias superiores nas
competições das quais participamos.
E vamos passar um raspe nos jogadores,
no pessoal do Departamento de Inteligência, afinal, seu Cristóvão não caiu só,
caiu todo mundo, o resultado é fruto do trabalho coletivo, a bronca tem que ser
geral e irrestrita. Outro dia, o Cuca estava
assistindo a jogo do Furacão. O cara diz ser atleticano, já ganhou
Libertadores, está acompanhando a equipe, por que não? O amigo percebeu,
voltamos ao segundo parágrafo.
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