segunda-feira, 12 de maio de 2014

A BOA NOTÍCIA

O Atlético entrou em campo em Porto Alegre com sete jogadores com passagem pelas suas categorias de base.  Cleberson, Deivid, Marcelo e Ederson já veteranos, Léo Pereira, Otávio e Marcos Guilherme os novatos. Isso deve ser um recorde. Como tudo no Atlético, corre o risco de ser visto como inovação, um deliberado procedimento cientificamente pensado.  

O fato iria contra todos os paradigmas sobre a forma de incorporar jovens valores ao time principal, colocaria de lado todas as preocupações com o queimar promessas ainda no nascedouro. Seria mais ou menos como brilhou coloca para jogar. Eu até concordo, discordo de tantos cuidados com craques evidentes.

O que pode colocar em risco o processo é a dose cavalar de emprego. Mesmo considerando-se apenas os três novatos, penso ser esta a base para a análise, trata-se de 25% da equipe, o que pode trazer problema para o coletivo e possibilidade de desequilíbrio emocional durante a partida.

As viradas nos últimos jogos mostram que o time perdeu a estrutura eficiente mantida durante o período de igualdade no placar, o passar à frente desequilibrou o esquema, levou à derrota. O que estava encaixado, desencaixou. O primeiro gol do Inter no jogo de sábado é prova. D’Alessandro foi vigiado de perto por Deivid e Marquinhos, teve poucas chances até o gol do Furacão. Dois minutos depois foi descoberto livre na direita para chutar e marcar.

Quem observar o posicionamento da defesa atleticana no momento do gol vai identificar o erro claro, fatal. Por que no momento em que tínhamos atingido nosso objetivo, nos desconcentramos? Com a palavra os psicólogos.

Eles poderão colocar a falta de liderança dentro do campo como causa do desequilíbrio, Weverton estaria muito afastado de tudo para intervir junto aos companheiros de forma efetiva. Poderiam dizer que o primeiro gol de Marquinhos em Brasileiro o tirou momentaneamente do jogo, o que seria normal, que o time todo teve um instante de euforia e abriu o lado do campo.

Jogo para pensar, pensar rápido, o tempo está passando, estamos ficando para trás. Jogo para lamentar a perda de Marcelo, elogiar a primeira boa partida de Marquinhos, aceso, artilheiro, finalmente mais central, mais vertical. Em jogo marcado pelo desequilíbrio, Marquinhos foi a boa notícia.

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