domingo, 11 de maio de 2014

SAUDADES

Tudo caminhava bem até que deu certo. O Atlético defendeu, deixou o Inter trocar bolas, foi para o vestiário com o zero a zero que queria. Veio para a fase dois mais ouriçado, aos sete Marcelo tentou o passe para Ederson, Ernando interceptou mal, a bola sobrou para Marcos Guilherme, gol do Furacão.

Pronto, era só seguir na mesma balada, defendendo com competência, deixando a torcida colorada atrapalhar seu time. Não deu nem para respirar. Aos nove, D’Alessandro recebeu livre pela direita, chutou de fora com o pé ruim, jogo empatado. O amigo entende quando eu falo sobre o descuido com o claramente alertado. Não é azar, é bobeada mesmo.

Segue o baile e aos 22 a bola sobra para Natanael livre na lateral, era matar e sair jogando. Nada, o garoto dá um cabeçada sem sentido, a redondoca é recolhida pela intermediária gaúcha, na sequência o gol da vitória. Fui buscar o lance de Natanael não para culpar o garoto, apenas para provar que não dá para jogar só com voluntariedade, o pisar na bola e a experiência são necessários, jogar o Brasileiro com um time com média de 23 anos de idade é risco absurdo.

Eu que peço experiência, entro em desespero com a entrada de Felipe. Vamos lavar a louça, ligar para a mãe, começar no sábado a fazer os agrados que ela merece. O Atlético briga, dispensa, despeja e nós vamos ficando com os bons moços, que não resolvem. Irmãos, se esse Bady é inferior a Felipe, enterrem esse software de contratação na beira do rio Belém.

Depois de passar o tempo todo assistindo a defesa trabalhar, quando o time tem que atacar, Ederson é substituído. Don Miguel, assim você me quebra as pernas e arranja inimigo com número nas costas. Por favor!

Foi outra derrota natural, não foi o vexame que eu imaginei depois do jogo contra o Cruzeiro, não foi o milagre que a semana foi me convencendo ser possível. Foi o resultado esperado para um time inexperiente, em certos casos peladeiro, dependente de Marcelo, pelo jeito fora algumas semanas. De natural em natural, vamos descobrindo que temos um time fraco, rumo ao ignoto.

Vamos ficar por aqui, é dia das mães, não vamos começar nos irritando em dia de beijos e abraços, carinhos e ternuras. Queria ter para com esse Atlético um olhar materno, paciente, carinhoso, infelizmente não dá. Lá em casa, se eu não fizesse a lição, viesse com o boletim com notas a carmim, a número cinco alaranjada murchava atrás da porta. A senhora estava certa mãe. Saudades.

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