sexta-feira, 2 de maio de 2014

TRIUNFO DEZ ESTRELAS

Dias atrás assinalei a preocupação que o Atlético deveria ter com a bola aérea do Cruzeiro. O Cerro Porteño sabia do perigo melhor do que eu e mesmo assim foi afastado da Libertadores pelo gol de Dedé. A passagem de fase da Raposa na Copa das Américas lança no ar dúvida interessante. Qual o time estrelado a enfrentar o Furacão? Jogaremos contra a Raposa campeã brasileira ou seus super-reservas?

Don Miguel em entrevista já ressaltou que o Cruzeiro tem dois times de alta qualidade. O pessoal da inteligência está fazendo o dever de casa direitinho. Quarta-feira estavam Borges, Nilton, Dagoberto, Leo, Luan, feras e ferinhas no banco azulado. Quem o Furacão tiver pela frente será carne de pescoço.

A Raposa cinco estrelas é time envolvente. Avança a defesa, vai ao ataque trocando passes, virando o jogo, aproxima-se do gol com calma, aproveita-se do recuo adversário para introduzir três a quatro jogadores na área prontos a receber a bola e finalizar. No meio dessa roda-viva circula Everton pronto para em um toque colocar companheiro livre na frente do gol. Quando o jogo tocado não funciona, lá vem a bola parada mortal. O contra-ataque pode transferir até cinco jogadores da defesa para o ataque em segundos. Viva Marcelo Oliveira.

A três estrelas pode ter nomes de menor expressão, tem o mesmo jeito de jogar e uma vontade imensa de mostrar serviço. Que defesa terá tranquilidade com Borges e Dagoberto pela frente? Falei em nomes de menor expressão e em seguida citei Borges e Dagoberto, só para o amigo entender a dimensão do problema.

O futebol que viu Grêmio e Galo dar adeus à Libertadores em casa é esporte em que as estrelas contam, não são sinônimo de vitória antecipada. Na semana passada, Cruzeiro e São Paulo fizeram um jogo fraco, de baixa qualidade técnica. O um a um se definiu em gols de bola parada. Muricy jogou uns confetes sobre a pelada, disse que o jogo foi tático, as duas equipes muito organizadas, estranhas justificativas para espetáculo ruim.

O Atlético, que poderá ter duas a três modificações, uma delas a volta de Manoel, tem que se motivar com o tamanho do desafio, ir à luta, vencer o único representante do Brasil na maior competição do continente será um triunfo para colocar 100% de carga na bateria, um triunfo dez estrelas.

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