Penso que se Manoel tem o sincero desejo de voltar a jogar pelo Atlético é só falar com o Delegado e colocar o uniforme.
Penso que a ação judicial impetrada pelo advogado de Manoel o transforma num ônibus descontrolado para atingir Petraglia. Quem dirige seu movimento, quem está por trás do seu sacrifício, quais suas intenções, o que tem a lucrar? Por certo Manoel só tem a perder.
Penso que a exigência da emissão de nota em que a diretoria se redime da ordem de afastamento de Manoel, incluída na ação, é pedra insuperável no caminho da reconciliação do jogador com o Atlético, sabiamente colocada para obstruir o entendimento. É cláusula inteligentemente vil, frontalmente contra as relações de trabalho.
Penso que se jogador quer trocar de clube deve cobrar de seu empresário a busca de propostas que possam motivar a diretoria a realizar a desejada transação. Para que serve o empresário?
Penso que se Manoel fosse a última bolacha do pacote que imagina ser, clubes europeus já estariam batendo à porta do Furacão há muito tempo para levá-lo.
Penso que frequentes problemas com jogadores atleticanos – Danilo, Rafael Moura, Antonio Carlos, Manoel – revelam problema crônico na gestão do futebol rubro-negro, ou são comuns em clubes de futebol, apenas tratados com mais sensatez e sabedoria em outras instituições.
Penso que o mundo do futebol mudou. Já houve tempo que diretor atleticano passava duas semanas na Europa e negociava nossas promessas por milhões de dólares. Certamente, o jogador brasileiro perdeu crédito no exterior. Na verdade, titulares de Felipão assistem de agasalho aos jogos na Europa.
Penso que Manoel tem que exigir mais TRABALHO de seu empresário, esquecer o enfrentamento judicial que não é o seu campo, jogar bola, mostrar serviço, ganhar o interesse de quem tem dinheiro para tirá-lo do Atlético e seguir destino. No caminho em que está, não vai a lugar nenhum.
Nenhum comentário:
Postar um comentário