quinta-feira, 22 de maio de 2014

DEIXEM O MENINO JOGAR

Seguindo o sucesso do Figueirense, o Atlético defendeu, complicou-se fazendo muitas faltas na intermediária, atacou usando os laterais, sofreu com a falta de referência ofensiva, e foi para o chuveiro com o empate, muito graças a duas defesas espetaculares de Weverton.

Voltou na mesma toada, pressionado no setor de Sueliton, até o pênalti de Cléberson sobre Guerreiro aos fatídicos 13 minutos. O nosso Jadson colocou o Corinthians na frente. Cléberson já não tem mais idade para cometer a penalidade clara, com o atacante sofrendo dupla marcação.

E agora, como empatar? O torcedor rubro-negro pensou na impossibilidade. O ataque atleticano dependia de Ederson longe da área, vivíamos de fracos chutes de fora, cruzamentos para ninguém, Natanael cruzando para Sueliton cabecear. Ia ser difícil.

O Timão encolheu, Leandro Ávila entrou com Nathan e Douglas Coutinho nos lugares de Paulinho Dias e Ederson. Um pensador e a referência que faltavam. Soltam-se os laterais e dá-lhe Furacão.

Amigos, em cinco minutos Nathan tomou conta do meio do campo, instintivamente os companheiros o procuravam, a bola lhe lambia as botas de instante a instante. Seu Mano coçava a cabeça no banco de reservas, o Furacão não molestava Cássio, mas o treinador sabia que o Timão estava dando sopa para o azar.

Aos 38, Bruno Mendes cruzou e Coutinho errou o cabeceio na frente do gol. Aos 40 Sueliton repetiu o lance, Coutinho acertou, jogo empatado. Aos 42 Coutinho mandou um foguete de fora e a bola raspou a trave. Quase viramos. Seria para acabar a noite em delírio.

O Atlético sofre porque quer. Nathan é o dez que ele precisa e está escondido no cajueiro. Em nome do bom futebol, por respeito ao meu velho coração, por favor, deixem o menino jogar.

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