sábado, 24 de maio de 2014

#CoxaNo Buraco

O Atletiba está aí, coloca frente a frente dois times precisando vencer, longe de suas torcidas, um desses absurdos só condizentes com o futebol brasileiro. Idiotas resolvem se destruir e você vê o jogo na TV, deixa de fazer parte do espetáculo. Tem que haver outro tipo de punição, sacrificar o clube e seu torcedor é falta de inteligência cinco estrelas.

O Furacão quase solitário precisa ganhar maturidade para vencer o clássico, tornar-se em horas um time de erro mínimo. Quem viu o jogo ao lado do ótimo Milton Leite (Sportv), ouviu expressões como “momento de circo dos horrores”, “me explique o que você fez”, “meu Deus!!!”. Foram instantes de erros incompreensíveis de atleticanos e alvinegros.

Do lado atleticano, a velocidade que se tenta dar à partida é justificativa para passes errados, chutes sem direção, falhas defensivas. O amigo vai dar um pulo na cadeira, dizer que só falta agora eu recomendar a lerdeza. Negativo. Só quero o foco do jogador, a calma necessária ao acerto.

Por que tentar o lance longo de primeira? Por que finalizar a gol por instinto? Quem assistir aos jogos da seleção de 70 vai ver o Gerson, o canhotinha de ouro, matar, empurrar a bola meio metro, olhar o Pelé se deslocando e só então fazer o lançamento perfeito. Se o Gerson podia, porque o menino do Atlético tem que jogar um toque?

O amigo vai dizer que hoje os espaços acabaram. Verdade, mas o Atlético erra passes sem qualquer interferência do adversário. Livre, o jogador arrisca, erra, se desmotiva, permite o contra-ataque. Calma, o que dá velocidade ao jogo é o acerto. De nada adianta chegar vinte vezes à linha de fundo e cruzar longe do alcance dos atacantes, finalizar dez vezes a gol e acertar o quero-quero na bandeira de escanteio.  

O Atlético, finalmente, repito, finalmente, vai escalando as peças com correção. Elas precisam jogar de sangue doce, não se perturbar com o clássico, sem a tranquilidade excessiva que atrapalha jogar um futebol pautado pelo amadurecimento, sem falhas, sem bobagens. Se assim for, é Furacão na cabeça, é #CoxaNoBuraco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário