O Furacão quase solitário precisa ganhar maturidade para vencer o clássico, tornar-se em horas um time de erro mínimo. Quem viu o jogo ao lado do ótimo Milton Leite (Sportv), ouviu expressões como “momento de circo dos horrores”, “me explique o que você fez”, “meu Deus!!!”. Foram instantes de erros incompreensíveis de atleticanos e alvinegros.
Do lado atleticano, a velocidade que se tenta dar à partida é justificativa para passes errados, chutes sem direção, falhas defensivas. O amigo vai dar um pulo na cadeira, dizer que só falta agora eu recomendar a lerdeza. Negativo. Só quero o foco do jogador, a calma necessária ao acerto.
Por que tentar o lance longo de primeira? Por que finalizar a gol por instinto? Quem assistir aos jogos da seleção de 70 vai ver o Gerson, o canhotinha de ouro, matar, empurrar a bola meio metro, olhar o Pelé se deslocando e só então fazer o lançamento perfeito. Se o Gerson podia, porque o menino do Atlético tem que jogar um toque?
O amigo vai dizer que hoje os espaços acabaram. Verdade, mas o Atlético erra passes sem qualquer interferência do adversário. Livre, o jogador arrisca, erra, se desmotiva, permite o contra-ataque. Calma, o que dá velocidade ao jogo é o acerto. De nada adianta chegar vinte vezes à linha de fundo e cruzar longe do alcance dos atacantes, finalizar dez vezes a gol e acertar o quero-quero na bandeira de escanteio.
O Atlético, finalmente, repito, finalmente, vai escalando as peças com correção. Elas precisam jogar de sangue doce, não se perturbar com o clássico, sem a tranquilidade excessiva que atrapalha jogar um futebol pautado pelo amadurecimento, sem falhas, sem bobagens. Se assim for, é Furacão na cabeça, é #CoxaNoBuraco.
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