domingo, 18 de maio de 2014

SÓ NÃO PODE SECAR

Pela primeira vez, Don Miguel enfrenta adversário a vencer sem ressalvas. Ele mesmo considera a vitória uma obrigação. A Chapecoense a bater e salvar a lavoura é lutador de primeira, comandado por uma gralha careca que não para de gritar ao lado do campo. Seu Dal Pozzo empurra o time no gogó.

Taticamente joga com 3 volantes, um deles, Ricardo Conceição, mais dedicado ao ataque, Régis, o pensador, encarregado de ligar os 3 mosqueteiros aos 2 atacantes, Fabinho Alves caindo pelos dois lados, Leandro fixo na área, pronto para marcar. É um 4-3-1-2 com avanço constante de um dos volantes.

O que funciona bem é a subida do lateral Ednei (LD) pela direita, basta ter espaço e levanta na área de qualquer distância. Neuton (LE) também avança pela esquerda, mas tem menor rendimento. Esse time que perdia de 2 a 0 para o Grêmio em Chapecó, até os 46 do segundo tempo, exigiu de Marcelo Grohe quatro excelentes defesas. Não dá para brincar.

O esquema defensivo é meio confuso, volta todo mundo, marca pressão com trambolhão, o Furacão vai precisar mais do que a intensidade de Don Miguel, vai precisar de paciência, manter a ação ofensiva e esperar com sangue-frio pela falha que virá.

Algum cuidado especial? Sempre tem. O Atlético deve evitar as faltas na frente da área, Neuton e Alemão batem tirando tinta das traves, com um pouco de sorte é caixa. Alemão, atacante, substituiu o volante Abuda no segundo tempo contra o Grêmio. É atacante que vem de trás, incomodou muito, deu o passe para o gol de honra em final de partida. É bom cuidar.

O jogo, que pode ficar fácil, não é fácil. O amigo pode até estar querendo ver Don Miguel pelas costas, comendo paella em Madrid, aproveitando o clima festivo da Puerta Del Sol, tudo é possível, só não pode secar.

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