segunda-feira, 19 de maio de 2014

ENQUANTO HÁ TEMPO

Se alguém perguntasse se eu estava desconsolado após o jogo com a Chapecoense, eu só acrescentaria um “díssimo”, desconsoladíssimo. Acreditava em jogo difícil, quando abriu a transmissão e fiquei sabendo da virose que dizimou os catarinenses, pensei em alguma facilidade.

Só pensei. Os barrigas-verdes-descontroladas se defenderam com tranquilidade até a falha acontecer, eu disse que ela viria, e sofrer o gol. Então resolveram atacar e empataram. Simples. A defesa do Furacão se apertar entrega. Tem sido assim. Alguém me explica por que Dráusio virou reserva de Léo Pereira?

O meu desconsolo não vem do resultado, uma das possibilidades, fica por conta do tamanho do problema, da dificuldade que se terá para resolvê-lo, do tempo necessário, do custo elevado do conserto. Cresce quando lembro que ao final de 2013 tínhamos um time praticamente pronto.

De nada vale ficar apontando defeitos, atacando nomes, desgastando promessas. É cansativo demais. O Atlético que perdeu chance preciosa na Libertadores, uma raridade na história do clube, está no fim da fila no Brasileiro, sem saída fácil pela frente. Sem quatro contratações importantes, incluindo um novo treinador, ficamos onde a onda quebra, tomando pancada.

Continuar acreditando que o tempo transformará a abóbora em carruagem de luxo beira a irresponsabilidade. O jeito é a diretoria seguir o que dizem os jogadores ao final de cada trombada com grandes e pequenos: Trabalho. Trabalho dia e noite... Enquanto há tempo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário