domingo, 25 de maio de 2014

VOLTA DE REBOQUE

O amigo quer saber qual a diferença entre o Furacão e o catado de flores do campo que hoje se enfrentam? Pois vou lhe dizer.

O Atlético é carro novo, a pintura metálica estalando, vai de 0 a 100 em três segundos, ainda está amaciando as peças originais de fábrica. O projeto é ousado, meio fruto da necessidade, para dar certo tem que começar a ganhar pontos no gosto do povo, de lançamento virar líder de vendas.

O Coxa é Passatão 82, as peças já perderam a validade, o mecânico contratado a peso de ouro ainda não apresentou resultado, a carcaça velha sobrevive com dificuldades, carregada pelo câmbio de seis marchas, com só duas engatando.

A comparação leva a vitória certa do Furacão 5000. Seria muito bom irmão rubro-negro, não fossem os riscos das peças novas em ajuste, da força que um câmbio velho e experiente pode dar a calhambeque pingando óleo. O câmbio velho pode definir o jogo. Um lançamento longo, preciso, pode colocar um cabeçudo na cara de Weverton. O chute de fora, a falta colocada, o cabeceio eficiente podem dar vida ao Passatão.

O amigo coxa não se irrite com a brincadeira, foi só uma visão que tive ao ver Alex, Keirrison, Zé Love, Geraldo, Jajá das cem camisas, o Chico com aquela cara triste, comandados pelo emburrado Roth. Sei que vocês têm o Roni, o Ferraz, o acúmulo de jogadores na área adversária para a bola aérea nos momentos de crise. Em clássico, pode ser pouco, pode ser muito.

Entre a Ferrari em teste e o Passatão 82 na oficina do rebaixamento tudo pode acontecer. Infelizmente, impossível dar maior esperança às flores do campo. Eu, mecânico velho, aposto todas as minhas fichas que o Passatão chega a Maringá, mas volta de reboque.

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