domingo, 26 de junho de 2011

CELSO ROTH

O desnecessário caiu. A maior decepção que já passou pelo Atlético pediu para sair. Tomou a iniciativa tarde demais. Nada mais falarei sobre Adilson Batista. Já falei demais. Basta!
Falarei do presidente Malucelli, responsável por sua chegada ao comando do Atlético. Parabéns presidente.
Falarei da imprensa amiga que insistiu em enxotar Geninho, articulou sua queda, e lambeu os beiços com a contratação do amigo pezão. Parabéns a todos.
Falarei dos conselheiros que conspiraram pela contratação de Adilson. Parabéns aos bruxos da Buenos Aires.
Os senhores conseguiram produzir, com boa ou má intenção, o pior desastre do Atlético em Brasileiros nos últimos tempos. Dezoito pontos disputados e apenas um conquistado, quinhentos e quarenta minutos jogados e somente um gol produzido. Meus amigos, por favor, mandem seus nomes para que eu possa indicá-los ao Guinness Book.
Os senhores são recordistas mundiais, nem um tsunami poderia provocar tanto dano. Apavorados com a campanha do Coritiba, desdenharam campanha produtiva, foram incapazes de detectar as principais carências da equipe e, mais que amadores, encontraram na troca de treinador a solução para todos os problemas.
Imaginaram dar um salto de qualidade e esqueceram que pessoas têm ligações afetivas, consideração pelos chefes, pelos companheiros de trabalho. Laços cortados sem justo motivo, com cheiro de trapaça no ar, levam à desconfiança, ao desestímulo e aos resultados negativos. A forma como Geninho caiu, simplesmente a forma, foi a semente, o trampolim para a queda de Adilson.
O que restou todos sabem. Dentro de campo, time desorganizado, nervoso no limite da palavra, desqualificado em posições importantes, enganador em outras tantas. Fora dele, uma diretoria cega em futebol, incapaz de identificar problemas e dar soluções rápidas e eficientes, tome-se como exemplo nossa crônica incapacidade defensiva, até hoje tratada como dificuldade menor.   
Do time quinto colocado no Brasileiro 2010, só quatro jogadores entraram em campo contra o Bahia. Foram seis meses de invenções mirabolantes, contratações perdidas, dinheiros desperdiçados, uma roleta russa de jogadores entrando e saindo sem aparecer uma réstia de sol no céu rubro-negro.
Quatro contratações pontuais teriam resolvido o problema, certamente não estaríamos vivendo esta situação ridícula, que expõe o clube ao vexame nacional. O Atlético hoje é terra arrasada.
Precisamos agora de alguém que tenha visto a equipe jogar no ano que passou, esteja acompanhando o campeonato nacional e possa apresentar resultados em muito curto prazo, um técnico de resultado rápido.
Este está sendo um ano de experiências muito novas para mim, situações pelas quais nunca imaginei passar. Já torci pelo Vasco, agora penso em torcer pelo Celso Roth.

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