sexta-feira, 10 de junho de 2011

HURRA!

“Abraçado ao canhão morre o artilheiro,
Em defesa da Pátria e da Bandeira”
Diz a canção da Artilharia, que hoje comemora o seu patrono, o Marechal Emílio Luiz Mallet. Sou um orgulhoso artilheiro já no banco de reservas. Comecei minha carreira ali no quartel do Boqueirão, ainda quando a Marechal Floriano era ruazinha de mão dupla, único acesso ao aeroporto Afonso Pena.
No campo da tradicional unidade do nosso Exército, vi jogarem oficiais, sargentos, cabos e soldados que só não foram profissionais de sucesso no futebol por que a carreira de jogador era curta e pagava muito mal. Melhor a estabilidade e o salário pouco e certo.
Assim, quando alguém critica a crítica que “nunca jogou bola”, dou de ombros, muita gente jogou muita bola sem nunca ter vestido a camisa do Palestra Itália, do Britânia, do Primavera, do nosso lendário Furacão.
Naquela época, o futebol brasileiro florescia, diferente de hoje, anunciada e justificada a sua morte por noticiário inglês. Quando na tarde do último jogo do Brasil, vi a escalação canarinho com três volantes, tive vontade de chorar. Por sorte, o Jadson apareceu com a 10 para nos salvar do vexame medonho. Senhores, o Jadson com a 10.
Ontem, assisti o Gerson, o canhotinha de ouro, passando a camisa oito do Didi para o Renato, com a voz embargada, rasgando elogios, como se o volantinho estivesse à altura do magnífico príncipe etíope, o Didi de Nelson Rodrigues. O Gerson deve estar levando alguma vantagem ou esqueceu as maravilhas que produziu com uma perna só. Quantos artilheiros fizeram fama com as assistências do papagaio.
Falando em artilheiro, o senhor Ibiapina não confirma, mas tem-se como certa a contratação do atacante García do Nacional do Uruguai. As primeiras notícias discutem sua qualidade técnica e ressaltam seu faro de gol. O menino de 20 anos é o artilheiro do campeonato uruguaio. O que eu quero de um atacante? Gol. Se o menino faz gol, é o que me basta.
Já me bastariam os gols de Nieto se o argentino tivesse um preparo físico pelo menos regular. Infelizmente, uma partida basta para o hermano sentir dores musculares e ficar fora de treinamento. Aí não dá.
O futebol de hoje, em que a seleção faz um gol em dois jogos no Brasil e o Internacional perde para o Mazembe, exige que a torcida tenha muita paciência com os estreantes, algo que o torcedor do Atlético, eu incluso, não tem mais. William no Corinthians e Anderson Aquino no enlutado coirmão são exemplos das nossas dificuldades com o pessoal da base. Se o gaúcho da província Cisplatina vier, precisará do nosso apoio.
Nada de mais. Já nos encantamos com a correria do Lobaton, por que não vibrar com “morro” Garcia. Ele que venha, que seja bem-vindo.
PS: A todos os artilheiros, mestres dos fogos largos, poderosos e profundos, que velaram e velam pelo Brasil, o meu maior abraço e que Santa Bárbara acompanhe suas trajetórias, afastando-os de todos os perigos.   Hurra!

Nenhum comentário:

Postar um comentário