sexta-feira, 24 de junho de 2011

FOME DE LEÃO

Baêa!   Baêa!   Baêa!

Gritavam os baianos ao final do jogo contra o Fluminense no Engenhão. A vitória foi a primeira depois de muitos anos fora da primeira divisão. O mais importante, o Bahia mereceu vencer, jogou melhor todo o segundo tempo, o gol de Jobson, nos últimos minutos da partida, premiou o time do seu Renê.


JOGOS


PONTOS GANHOS

AMÉRICA MG 2
BAHIA 1
0

BAHIA 3
FLAMENGO 3
1

GRÊMIO 2
BAHIA 0
0

BAHIA 1
ATLÉTICO MG 1
1

FLUMINENSE 0
BAHIA 1
3


O Bahia fará contra o Atlético sua quarta partida fora de casa em seis jogos. A tabela até agora foi madrasta com o tricolor de aço. Mesmo assim, conta com cinco pontos ganhos, dois empates em casa e a vitória fora contra o Flu, campeão brasileiro de 2010. Nada mal para quem perdeu para o Atlético de cinco a zero na Copa do Brasil.

A estatística comparada mostra aspecto interessante. O Bahia tem rendimento 15% inferior ao do Atlético em acerto de passes e finalizações, porém, faz seis vezes mais gols que o rubro-negro. As defesas se equivalem em número de gols sofridos e roubadas de bola. A diferença de pontos entre as duas equipes é reflexo da eficiência ofensiva baiana. 


ESTATÍSTICA
BAHIA
ATLÉTICO
VITÓRIAS
1
0
EMPATES
2
1
DERROTAS
2
4
PONTOS GANHOS
5
1
GOLS MARCADOS
6
1
GOLS SOFRIDOS
8
8
FINALIZAÇÕES
57
78
PASSES CERTOS (1)
1100
1500
ROUBADAS DE BOLA (2)
120
120

(1)   Aproximado para centenas.
(2)   Aproximado para dezenas.

Da eliminação da Copa do Brasil para cá, o time mudou muito. No primeiro jogo contra o Atlético, o Bahia jogou com Omar; Marcos, Thiego, Titi e Dodô; Marcone, Boquita, Rafael Jataí e Ramon; Zezinho e Souza. Compare com o provável visitante de amanhã, escalado no quadro abaixo. Só Titi e Marcone continuam presentes.

Os principais recém-chegados são Carlos Alberto, renegado pelo Grêmio e Vasco da Gama, e Jobson, com seus conhecidos problemas, fugido do Galo e renegado pelo Botafogo. Estão mostrando serviço, dando mobilidade ao ataque, produzindo os gols necessários para a conquista dos pontos. O 433, com três volantes na segunda linha de defesa, o sonho de Adilson Batista, é o esquema de jogo.


O TIME








MARCELO
LOMBA









JANCARLOS
PAULO
MIRANDA

TITI
ÁVINE









FAHEL




MARCONE

DIONES










CARLOS
ALBERTO











JÚNIOR
JOBSON










DEFESA

Os três volantes são os responsáveis pelo esforço defensivo do Bahia. A marcação é quase que individual. Destina-se a bloquear a atuação dos armadores e principais atacantes do adversário. Contra o Fluminense, anularam Conca, Fred e Souza.
Alguns observadores asseguram que o Bahia joga no esquema 352. Com justa razão. Fahel atua quase como um zagueiro pela direita, Titi sai muito da área para marcar e Paulo Miranda faz as coberturas.
Os laterais mantêm suas posições e os atacantes voltam até a linha de meio campo para limitar avanços de laterais e volantes, sem se comprometer demais com o esquema defensivo




ATAQUE

A saída de bola acontece por Fahel, ou por Ávine, daí para Carlos Alberto, o articulador de todas as ações ofensivas. O tiro de meta vai para o cabeceio de Júnior e os lançamentos longos da defesa, para as laterais do campo, área de atuação de Jobson.
O ataque se baseia na ação vertical em velocidade. Tanto Jobson, quanto Carlos Alberto partem para cima da marcação em jogada individual, dificultando muito para a defesa.
Junior pode jogar avançado entre os zagueiros, para fazer o pivô, ou recuar para a intermediária ofensiva, carregando a marcação e apoiando a ultrapassagem dos companheiros. Sua participação central é muito importante. Jobson é seu companheiro de ataque, flutuando pelas laterais.
Marcone e Diones chegam na frente, criando novas opções de jogada.
Ávine é rápido, dribla bem, tanto chega pelo lado do campo, como na diagonal da área. É jogador a bloquear. Jancarlos só vai na boa. O atleticano conhece bem as características do lateral.
Com a equipe ocupando o dispositivo defensivo, Jobson e Carlos Alberto permanecem sobre a linha de meio campo, prontos para o contra-ataque. Ávine tem velocidade para sair da defesa e auxiliar no contragolpe.



O ponto forte do Bahia é a velocidade no contra-ataque, a jogada vertical sobre a defesa, algo que nos fez tomar dois gols contra o Figueirense em 20 minutos.  

O ponto fraco é a bola aérea, obviamente, se você conseguir acumular jogadores dentro da área para aproveitar os cruzamentos. Um único Nieto no meio de três defensores só fará gol em falha grave do sistema.

Um Bahia novo, motivado pela oratória do professor Renê, acalentado pela vitória contra o Flu campeão é o adversário que pode nos tirar da fila da fome, um acarajé servido com muita pimenta. Para ganhar, tem entrar com fome de leão.

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