O time do Felipão é osso duro de roer. Sob o comando do campeão do mundo desde o ano passado, o Palmeiras é um primor de obediência tática. Com base na defesa forte, no jogo pegado, consegue resultados mínimos e garante a tranquilidade do torcedor.
Uma magra vitória contra o Botafogo em casa e o empate com o Cruzeiro fora mostram que o jogo de sábado será dificílimo.
Vamos conhecer o Palmeiras.
TIME PROVÁVEL
MARCOS | |||||
CICINHO | DANILO | THIAGO HELENO | GABRIEL SILVA | ||
MARCIO ARAÚJO | MARCOS ASSUNÇÃO | ||||
PATRIK | ADRIANO | LUAN | |||
KLEBER |
- Os jogadores em AZUL são titulares absolutos em suas posições.
- As principais alterações podem acontecer no ataque. Tinga, Lincoln e Wellington Paulista podem substituir Adriano e Patrik.
SDB | |||||
SAÍDA | MARCOS | ||||
DE | |||||
BOLA | DANILO | GABRIEL SILVA | |||
PATRIK | |||||
KLEBER | LUAN | ||||
PATRIK |
Principais características:
- O tiro de meta vai para Kleber ou Luan pouco à frente da linha do meio campo.
- Danilo pode avançar com a bola dominada e fazer o passe rasteiro para Kleber ou Patrik.
- O chute longo de Marcos para o contra-ataque vai para o jogador que ocupar a ponta direita.
- Gabriel Silva lança Luan pela esquerda e ultrapassa.
- A melhor saída de bola é o desarme, ponto de partida para o contra-ataque.
DEFESA | |||||
MARCOS | |||||
CICINHO | DANILO | THIAGO HELENO | GABRIEL SILVA | ||
PATRIK | MARCIO ARAÚJO | ADRIANO | MARCOS ASSUNÇÃO | LUAN | |
CLEBER | |||||
O time:
- Defende com uma primeira linha de quatro jogadores e uma segunda de cinco. A aproximação das duas linhas principais de defesa é o forte do esquema palmeirense. Kleber é o único a ficar à frente, sem responsabilidade de marcação, ainda assim, atrás da linha de meio campo.
- Com o passar do tempo cansa e alonga o dispositivo, tornando a defesa vulnerável.
- Ataca mantendo quatro jogadores à retaguarda: Danilo, Thiago Heleno, um volante e um lateral.
- Acumula jogadores na frente da área e dificulta muito a finalização adversária. Em contrapartida, o adversário ao incidir seu ataque sobre a posição central, pode criar espaços pelos lados do campo, ótimos para os cruzamentos e jogadas de linha de fundo.
- Mesmo com zagueiros muitos bons no jogo aéreo, a defesa falha nesse fundamento. Não se pode descartar o cruzamento para o cabeceio.
- Graças à atuação de seus zagueiros e volantes, torna inviável o lançamento longo frontal sobre a defesa.
- É muito rápido no retorno do ataque para a defesa.
- Em SP marca muito forte a saída de bola adversária.
O ATAQUE | |||||
MARCOS | |||||
DANILO | THIAGO HELENO | ||||
MARCIO ARAÚJO | |||||
CICINHO | MARCOS ASSUNÇÃO | GABRIEL SILVA | |||
PATRIK | ADRIANO | LUAN | |||
KLEBER |
O time:
- Começa a partida marcando pressão a saída de bola adversária e com muita movimentação no ataque. Se o oponente cochilar, a partida acaba nos primeiros minutos.
- Não tem jogador de referência. Os jogadores de ataque se movimentam e alguém ocupa a posição dentro da área.
- Realiza o esforço ofensivo pela esquerda do ataque. Luan, Adriano, Gabriel Silva, Kleber e até Marcos Assunção podem entrar pelo lado. Praticamente inexiste pela direita.
- Com dificuldades no ataque levanta muitas bolas na área.
- Centraliza demais o jogo. Poucas são as jogadas de linha de fundo.
- Tem um índice de acerto de passes muito alto.
- Usa e abusa das cavadinhas por sobre a defesa. Tem que haver sobra.
- Falha na finalização. Principal objetivo de Felipão nos treinamentos.
Movimentação de jogadores:
- Os dois laterais vão ao ataque e podem atingir a linha de fundo. O lateral oposto se posiciona aberto para a virada de jogo.
- Marcos Assunção e Márcio Araújo se alternam na subida ao ataque e com espaço finalizam bem de fora da área. Márcio Araújo cresceu muito, é muito elogiado por Felipão.
- Patrik sai muito da ponta e vem armar pelo meio.
- Kleber volta para buscar, faz o pivô para meia que vem de trás. Procura a falta na intermediária ofensiva para a batida de Marcos Assunção. Fera dentro da área, se tiver espaço marca. O lateral ofensivo vai para ele matar, girar e marcar. O Cruzeiro marcou Kleber individualmente o jogo todo.
- Adriano entra no vazio criado por Kleber, ou vai na vertical, toca para Kleber fazer o pivô e recebe na frente.
- Luan faz a jogada vertical pela esquerda. Pode aparecer até pela ponta direita. Muito participativo, desarma na defesa e puxa contra-ataque. Cai pelo meio para Gabriel Silva ocupar a ponta, ou se posiciona pelo lado para que Gabriel caia na diagonal. Mediano é o xodó do Felipão.
- Em determinado momento da partida, o ataque pode ser um triângulo formado por Kleber na intermediária ofensiva e Patrick e Luan na posição de atacantes.
- Na jogada pela esquerda, Patrik sempre estará entrando pelo meio da área para finalizar. Pela direita, é a vez de Luan penetrar.
ESCANTEIOS - Como a predominância do esforço ofensivo é pela esquerda, a maioria dos escanteios acontecem pelo setor e são batidos por Marcos Assunção no primeiro pau, para Danilo, Luan ou Thiago Heleno. O escanteio batido para o centro da pequena área vai para Chico. - Thiago Heleno e Luan entram no primeiro pau nos escanteios batidos pela direita. Danilo fica no segundo pau. |
GOLS MARCADOS - Há prevalência dos gols feitos em chutes de fora, de cabeça e por Kleber no interior da área. - Thiago Heleno e Marcos Assunção são os artilheiros das bolas paradas. - O time faz muitos gols em chutes de fora com Marcos Assunção, Patrik, Valdívia e Kleber. - Danilo, Thiago Heleno, Adriano e Luan fazem os gols de cabeça. - Kleber é o artilheiro das finalizações no interior da área. - Valdívia é o principal assistente. Seguem à distância Kleber, Lincoln e Patrik - Marcos Assunção e Lincoln são os assistentes nas bolas paradas. |
GOLS SOFRIDOS - A maioria dos gols sofridos acontece em escanteios cobrados sobre a posição de Thiago Heleno. - Os poucos gols com a bola em movimento acontecem sobre a posição de Danilo. |
DISCIPLINA O time entra muito pilhado em campo. Fica violento. Danilo passa do ponto. Pode ter problema na área disciplinar. |
A atuação no Canindé e o Atlético vindo de maus resultados seguidos podem atenuar os rigores defensivos característicos da atuação palmeirense. Nesse caso, o avanço simultâneo dos laterais e a presença ofensiva dos dois volantes são possibilidades. Certeza é que iniciará o jogo pressionando a saída de bola rubro-negra, tentando o gol e a definição da partida nos minutos iniciais.
A entrada de Wellington Paulista muda a forma de atuar do ataque. Wellington deverá se colocar como o jogador de referência e um dos meias perderá posição, enfraquecendo a transição da defesa para o ataque. Adilson Batista já comandou Kleber e Wellington no Cruzeiro, deve conhecer bem a atuação coletiva dos atacantes.
Com a vulnerabilidade do setor esquerdo da defesa do Atlético é possível que o ataque principal do Palmeiras, na maioria das vezes incidindo sobre o setor direito da defesa adversária, se oriente para a dupla Rafael Santos e Paulinho.
A grande diferença do Palmeiras em relação ao Atlético reside na robustez defensiva e no entrosamento adquirido entre seus jogadores. Adilson tem todos os motivos para colocar a volantada toda para jogar. O que pode mudar a cabeça do professor é o próprio adversário, um time que privilegia a defesa, utilizando jogadores de ataque que agridem e voltam para defender. Quem disse que Branquinho não pode marcar a subida de um volante?
O Palmeiras está aí. A dúvida é o Atlético.
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