quarta-feira, 15 de junho de 2011

ELA QUE VENHA

A moda das mulheres no poder coloca os machões com as barbas de molho. Palocci que o diga. Foi trocado pela nossa Barbie, primeira e única. Uma capacidade na multiplicação dos bens, verdadeiro fenômeno, apeou da Cada Civil e foi cuidar da sua empresa do “eu sozinho”, deixando no lugar um narizinho arrebitado digno do sítio do pica-pau amarelo.
No rastro do despejo masculino, a Ideli, Miss Garoupa 2011, destronou o bigodudo com cara de garçom de churrascaria, cujo nome não interessa saber. Como diz o macaco Simão, o ministério está virando o periquitério.
O interessante de mulher na política é que, tenha a cara de boneca ou de vampira de filme classe C, logo alguém que as conhece profundamente, acompanha suas carreiras com admiração, as classifica de trator. Temos então Dilma Massey Ferguson, Gleisi New Holland e Ideli Caterpillar no comando da gestão nacional. Gostei de gestão. Dá impressão que vai funcionar.
Por um momento, estão em segundo plano a mulher melancia, a mulher manga, a mulher morango, todas as mulheres frutas cedem seus lugares no cenário nacional à mulher trator. A perda visual é imensa.
Se vai dar certo, quem sabe? No Brasil varonil, enquanto houver minério para escavar, petróleo para sugar e terra para plantar, quanto menos a política atrapalhar melhor. É por isso que os empresários pagam milhares de dólares por conferências, por consultorias especializadas. Para não serem atrapalhados. Eu e minha santa ingenuidade.
Todo esse buchicho me fez pensar na eleição de final do ano no rubro-negro. Que tal trocar os italianos em crise, por uma mulher trator. No caso não seria trator. Velho conhecido da postulante diria com os olhos marejados pelas lágrimas no nascedouro: “a mulher é verdadeiro segundo volante. Marca e sai par o ataque. Está em todo lugar.”
A danada rodaria o CT disparando ordens, exigindo passes certos, defesas milagrosas, invadiria o vestiário no intervalo cobrando raça, querendo a vitória a todo custo. Um choque de gestão nível Alemanha de pós-guerra.
Logicamente escolheria suas principais auxiliares. Uma para o lugar do Geara, uma senhorinha mais rápida nas decisões, uma mulher ponta esquerda; outra para o departamento de futebol, precisa nas finalizações de contrato, uma mulher centroavante. A cada uma delas seria dado um cartão de crédito do rubro-negro, o mastercap, com total liberdade para gastar as economias do Malucelli.
Se daria certo, quem sabe? Provavelmente nossa segunda camisa seria rosa bebê, as chuteiras teriam detalhes em azul profundo, os jogadores passariam pela maquiagem antes de entrar em campo, o rabinho do Nieto ganharia um elegante elástico prata lunar.
Epa! Estou indo longe demais.
Brincadeiras à parte é interessante observar a ultrapassagem que os homens estão sofrendo nas funções de comando em todo o planeta. Nos campos, sem dúvida, o melhor jogador nacional é a Marta.
Os que viverem o futuro certamente verão uma mulher no comando do Atlético, como já acontece no Flamengo. Melhor ou pior? Quem sabe? Eu, rodeado por um time de mulheres de primeira ordem desde o nascimento, imagino que, possuindo um belo e forte coração rubro-negro, tudo bem. Ela que venha. 

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