segunda-feira, 6 de junho de 2011

MÃO À PALMATÓRIA

Desconfio de quem defende o técnico em demasia. O conhecimento pessoal, os laços entre as pessoas, por vezes tornam o elogio enganoso, distante da realidade, outras vezes, causador de danos irreparáveis ao patrimônio do clube, visto que lança a culpa sobre terceiros, no caso os jogadores, para tirar o foco do protegido.
Em todo o desastre rubro-negro neste início de Nacional, Adilson Batista tem parte importante da culpa. Foi cabeça dura, insistiu em empregar no Atlético o esquema que julga ideal, esquecendo-se das características dos jogadores disponíveis, da qualidade técnica superior de poucos em relação a muitos.
As substituições de segundo tempo, elevando em muito o rendimento da equipe, não foram suficientes para afastá-lo dos três volantes. Persistiu no erro, prejudicou o clube, até perceber que estava indo longe demais.
Contra o Palmeiras, escalou o time da mocinha da arquibancada. Era óbvio que iria melhorar. Ganhar do verdão, um time que está jogando junto há meses, era querer muito. O empate cairia do céu. Quase aconteceu. Isso não quer dizer que Adilson é brilhante e os jogadores um bando de cabeças de bagre. Adilson era um freio de mão, que solto, beneficiou o time como um todo.
Então, o Atlético tem um elenco de primeira linha, vai dizer o amigo do Adilson, só para me alfinetar. Claro que não. Mas, tirando o Marcos e o Kleber do elenco do Palmeiras, que jogador é muito superior a qualquer outro do Furacão. Marcos Assunção? Patrik? Gabriel Silva? Se achar um é muito. O Palmeiras tem conjunto, padrão de jogo, usa seus parcos recursos no limite máximo.
O Atlético precisa de reforços urgentes, mas se Adilson tivesse conseguido dar à equipe um mínimo de organização desde o momento que chegou ao clube, e poderia, conhecia o Atlético décor, uns três pontinhos teríamos conseguido nestas primeiras e difíceis rodadas.
Parece que, finalmente, o seu Adilson vestiu as sandálias da humildade e isso é bom, para ele, vai garantir o salário, mesmo que seus amigos digam que não precisa. Deve evitar essa contaminação externa, de que é rei da cocada preta, tudo sabe, os jogadores é que não ajudam. Adilson pisou na bola mesmo, reconhecer é preciso.
Com Adilson de cabeça aberta, querendo trabalho, novos jogadores devem chegar. Discordo de quem não relaciona zagueiros como uma necessidade. Para mim, no mínimo dois. Atacantes, também dois, mesmo que Guerron permaneça no Caju. Se Marcinho estiver de retorno, acho que temos um bom número de armadores. Marcinho, Baier, Branquinho, Madson e Heverton, bem organizados podem render muito.
Quem discordar corra os olhos pelos elencos do Figueirense, Ceará, América Mineiro, Atlético de Goiás e compare com o do Atlético. Se infinitamente superiores, eu dou a mão à palmatória.

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