quinta-feira, 9 de junho de 2011

É TUDO

O Brasil liberou o assassino italiano Cesare Battisti para passear livremente pelas areias de Copacabana. Em determinado momento acreditei que o Judiciário seria a trincheira final para a salvação da Pátria ameaçada. Como diriam os togados do STF, ledo engano. O nosso Judiciário é o pior dos poderes, o menos transparente, o mais alienado. Quanta gente lutou e morreu por este país, quantas dores e horrores se passaram para chegarmos a esta lástima. Meninos, este país não era assim.
Quem lutou até o fim, deu sangue e ficou a ver a nau vascaína passear com as velas enfunadas sobre o Couto Pereira foi o Coritiba. Tudo acabou em choro, desta vez, pelo menos, sem quebra-quebra. Melhor assim. O sonho teve fim, as bandeiras vão entulhar a exígua área de serviço, vamos dormir, finalmente em paz. Um grito atleticano ecoa entre os edifícios, os plenos pulmões elogiam a nação coxa-branca, colocando o ponto final na noite fria. Cai o silêncio pontilhado por trovões rubro-negros.
Na hora da decisão, a camisa pesou. O Vasco, que por pouco não perdeu a eliminatória para este Atlético de pesadelos, levou a Copa e a vaga para a Libertadores. Senhores, que fique a lição: somos pequenos. No momento da decisão, falta-nos a estrutura psicológica, a camisa para vencer. Nossas marcas são fracas. O futebol paranaense é uma piada, a federação é um horror, neste ano nenhuma revelação importante brotou do nosso interior.
Amigos rubro-negros do meu ingênuo coração. Temos que mudar. Temos que transformar o Atlético do emergente lutador para potência vencedora no mais curto prazo. Não podemos mais aceitar amadorismos e adiamentos no correr da nossa gloriosa história.
Veja você a situação em que nos encontramos no futebol. Depois de três rodadas, fechamos a raia do Brasileiro, ainda sem fazer um mísero gol. Estamos em junho e continuamos em busca de reforços. O amigo acha que precisa ser assim?
Vamos mais além. As tratativas para o passo decisivo da transformação rubro-negra, a modernização da Baixada para a Copa 2014, anda a passo de cágado, um processo tão obscuro e duvidoso de dar nos nervos, o torcedor totalmente por fora dos acontecimentos, tendo que acreditar em nota ambígua e mal escrita, ainda bem, sem assinatura. O amigo acha que precisa ser assim?
Senhores, precisamos de liderança. Alguém que acredite em disputarmos campeonatos para vencer, em sermos campeões brasileiros, que a torcida deve estar a par dos nossos negócios, tem direito a conforto e time de primeiro nível. Não podemos ficar de conformismos, achar ótimo estarmos entre os dez primeiros, duvidar da necessidade da Arena 2014. Precisamos de alguém para unir, não para afastar.
Falei em liderança e o amigo já pensou: “lá vem o Ivan com o Petraglia”. Li os seus pensamentos? Sim, pode ser o Petraglia. Mas pode ser qualquer outro, o Coritiba não tem o seu Petraglia cover? Por que neste imenso e querido povo rubro-negro não teremos alguém com a mesma visão e o empreendedorismo do transformador Petraglia? Por que Petraglia não pode apenas ajudar?
Fato é que não podemos continuar assim, formando times e liberando jogadores para empresários, simplesmente por que o atleta quer deixar o Atlético, ir para time maior. Domingo perdemos, o gol marcado pelo nosso Chico, na reserva do Palmeiras. Por que esse menino quis sair? Qual o ganho em estar na reserva do Palmeiras? Nossa marca é fraca senhores, nossa liderança é de cair as calças.
Amigos, temos que mudar, mas, para mudar, temos que manter. Os tempos difíceis vão piorar. Em meses estaremos vivendo as agruras da Vila Capanema. Vamos trocar de mundo. Desde já, precisamos ter força, correr para o estádio e apoiar as camisas em campo. Para o jogador pode ser pouco. Como a Pátria, para nós, é tudo.

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