domingo, 5 de junho de 2011

ÚNICA SOLUÇÃO

Entre dois times destrutivos, ganhou o que acertou a bola parada. Dos quatro primeiros jogos do Atlético, este era o mais difícil. Felipão tem o controle da equipe, conhece todos os defeitos do seu time, que não são poucos, força na defesa e espera um milagre no ataque. Para sua sorte, os milagres têm acontecido.
O Atlético deu um passo à frente. Para o abismo, dirá o amigo. Creio que não. O passo foi pequeno, mínimo, mas aconteceu, a dupla de zaga finalmente parece ter encontrado o compasso da dança. Quem sabe a pancada na cabeça do Rafael Santos seja a responsável pela melhora, ou o péssimo ataque do Palmeiras.
Se a defesa evoluiu, o progresso ficou retido dentro da grande área. Em partida em que a posse de bola era fundamental, a troca de passes do rubro-negro foi uma barbaridade. Paulo Baier errou todos. Mesmo nos momentos em que tínhamos espaço para jogar, carregar um pouco mais, esperar a aproximação dos companheiros, o passe saía imperfeito, o lançamento para os atacantes precipitado.
Erramos demais. Devolvemos a bola ao Palmeiras com rapidez extraordinária, a começar pela utilização dos tiros de meta contra defesa forte no cabeceio frontal, e no rifar da bola sempre que nossos volantes ganharam os rebotes defensivos. Fomos ingênuos. A expulsão de Rômulo foi construída por Kleber. Caímos na armadilha do gladiador.
Com três derrotas em três jogos, precisamos avançar no quesito construção, procurar o jogo coletivo de toques curtos, esquecer a bola parada, apenas uma das formas de se chegar ao gol adversário, nunca a prioridade. Enquanto nosso objetivo for cair na frente da área, teremos muitas dificuldades.
Nesta conjuntura difícil, se precisamos construir, necessitamos de jogadores com experiência e bom nível técnico no meio de campo, que saibam preencher espaços, desarmar e sair com a bola sem desesperos. Kleberson e Cleber Santana podem resolver esse problema. Precisamos, ainda, ganhar as jogadas de choque, as divididas, coisa que passamos longe no Canindé.
Precisamos ter em Paulo Baier um jogador efetivo, de jogo com intensidade, de contribuição para a equipe. Distante da partida, um batedor eventual de faltas e escanteios, é muito pouco para o tamanho do problema que o Atlético tem pela frente.
Agora que um raio de luz penetrou na cabeça do Adilson, já conseguiu até escalar dois atacantes, o professor deve persistir nas mudanças. Cuidar das coberturas do setor esquerdo defensivo e colocar quem sabe jogar e quer jogar dentro do campo. Deve resolver isso amanhã e treinar intensamente durante a semana. Enquanto aguarda os reforços do “ágil” Ibiapina, essa é a única solução.

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