segunda-feira, 13 de junho de 2011

PRÁ CORRER

O jogo foi o esperado. O Atlético cheio de cuidados, não podia perder de jeito algum, o Flamengo buscando a posse de bola, esperando a falha na defesa rubro-negra que lhe permitisse abrir o placar e jogar no contragolpe. Os primeiros vinte minutos foram pautados pelo toque-toque do urubu, os atleticanos marcando a cinco metros, facilitando a troca de passes, encolhidos dentro da grande área.
A partir daí o jogo ficou igual. O Atlético conseguiu acertar a marcação, desarmou, atacou e teve boas chances de marcar. Uma com Nieto em chute para fora e outras em escanteios em que a bola pediu para entrar, mas ninguém chegou a tempo de atender seu pedido. Se tivesse que haver um vencedor ao final do primeiro tempo, o Furacão era o principal candidato. O Flamengo teve apenas uma boa chance desperdiçada.
O Atlético poderia ter ido um pouco melhor se Branquinho tivesse maior presença na partida. Branquinho tem que entender que passou a ser a estrela da companhia. Tem que jogar, errar a primeira e insistir, ser forte no tranco, no mínimo conseguir a falta. Esteve afastado das principais jogadas, foi facilmente desarmado, faltou inspiração.
Guerron voltou a cumprir seu roteiro habitual, isto é, produzir muito menos do que dele se espera. Quando tem que cruzar alto, tenta o passe rasteiro de trinta metros para dentro da área; quando tem que cruzar rente à grama, faz a bola atravessar a área pelo alto. Guerron é jogador de ataque, de velocidade, que não consegue receber uma falta. O caro saiu caríssimo.
O segundo tempo seguia na mesma balada. O Flamengo, uma caricatura, auxiliado por sua senhoria que só dava faltas e amarelos contra o Atlético, continuava no seu futebol modorrento, capitaneado pelo Gaúcho, aborrecido com a marcação, como se tivesse direito a jogar com espaço, fazer traquinagens sem ser incomodado.
Aos 13, Marcelo Oliveira tocou Wendel na entrada da área, a falta aconteceu, a cobrança perfeita de Madson deixou Felipe estático. Finalmente. Há quase um mês a torcida não gritava gol.
Adilson fez as substituições necessárias, Adailton no lugar de Guerron e Cleber Santana no de Branquinho. Guerron já tinha amarelo, não jogava bem e sua expulsão poderia causar mal ainda maior. Cleber Santana entrou para tocar a bola, fazer o tempo passar, acalmar o time que recuou demais e começou a correr perigo. Tudo parecia se encaminhar para nossa primeira vitória. Então...
... o desastre aconteceu. Quem foi o protagonista? De quem eu reclamo todos os dias? Preciso dizer meu amigo? Não preciso, mas vou dizer: Rafael Santos. Jogada na lateral, o zagueiro erra feio, Diego Maurício entra livre e cruza para Deivid marcar. Acabou a pelada. O amigo na minha frente foi embora. Só não fui por que sou um poço de esperança.
Baier entrou e, em cobrança de falta, colocou a bola na cabeça de Rafael Santos. A trave impediu nossa primeira vitória.  
O ágil Ibiapina anuncia os entendimentos com dois atacantes, Garcia do Nacional do Uruguai e Mota, brasileiro de trinta anos jogando na Coréia. Quando é que nós vamos trazer um zagueiro? Será que o Adilson imagina ensinar Rafael Santos a jogar? Nos dois jogos em casa o rapaz nos colocou no buraco, um gol contra e uma furada de mestre. Meus amigos, se Rafael Santos sabe jogar, se é craque, se estou enganado, então, no mínimo é azarado. Afastai de mim os azarados.
Depois de todas as desgraças, Rafael não tem condições psicológicas de ser titular. Se há dúvida, perguntem ao Gaertner, dando uma força às cabecinhas do Furacão. Que entre o Fabrício, com vontade de acertar, vida nova para a defesa. Pior que está, não pode ficar.
Adilson Batista ainda pede um voto de confiança para o jogador. Nem o jogador quer.
Carpegiani chegou aqui e no primeiro jogo estava perdendo de dois a zero para o Botafogo em vinte minutos. Já saiu trocando cinco segundos depois. A casa está desmoronando e o Adilson está pedindo voto de confiança para o cupim mestre. Há dois meses no clube e ainda não conseguiu o encaixe e acha normal. Adilson deve ter um padrinho muito bom. Por muito menos, muito, muito menos, o seu Malucelli colocou os históricos Antônio Lopes e Geninho prá correr.

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