quinta-feira, 23 de junho de 2011

SAPATO DE FERRO

As boas notícias não param.
A tropa de choque da Fanáticos visitou o CT do Caju e foi recebida pelo diretor Paulo Rink, o treinador e jogadores. A conversa foi muito produtiva. O zagueiro Rafael Santos disse: “Eu gostei da conversa que tive com eles. Falaram que estão comigo”. Sentiu-se confortado com o voto de confiança dado pelos torcedores. O amigo quer mais que bravo capitão confiante para o jogo importantíssimo contra o Baêa?
O técnico Adilson Batista assegurou ter recebido dois a três convites para deixar o rubro-negro e preferiu permanecer. Copiando o “diário de um argentino no Canadá” – vide YouTube, aconselho, é de morrer de rir –,  “que feliz que soy” . Declarou inexistir racha no elenco e suspeitou ser essa miragem coisa de gente pronta a enxergar demais. Enfim, Adilson está rebarbando propostas, querendo jogo e o elenco está unido, coeso com o treinador. Mais uma vez: “que feliz que soy”.
O time treinou abaixo de chuva e o prata da casa Pablo disse presente, contrariando o noticiário. Segundo a imprensa, Pablo não estaria sendo utilizado por fazer exigências para renovar contrato. O problema certamente já foi superado e o menino está pronto para jogar. O amigo já imaginou o ataque castelhano com Guerron, Garcia e Pablo. Só está faltando o Messi. Vai trabalhar Ibiapina.
Marcinho joga sexta-feira a final da Copa do Rei na Arábia Saudita e volta para o Furacão. Teremos então Marcinho, Baier, Branquinho e Madson para fazer assistências para Morro Garcia. Ainda não esqueci Martinuccio, uma possibilidade remota. Tenhamos fé no Ibiapina.
A imagem do presidente Geara soltando pipa no entardecer maravilhoso do Caju me trouxe tranquilidade que poucas vezes experimentei na minha longa vida de rubro-negro fiel.    
Feliz, tomo um cafezinho e pego a revista para saber da atuação do Romário no Congresso. Nas primeiras páginas, esbarro com o texto da senhora Lya Luft e o parágrafo em destaque: “Acho que andamos otimistas demais, omissos demais, alienados demais. Devemos ser pacíficos e ordeiros, mas atentos. Aplaudir o erro é insensatez, valorizar o nebuloso é burrice, achar que tudo está ótimo é tiro no pé”. A maravilhosa escritora é diamante intelectual.
Ela que me perdoe introduzir no meu bisonho texto o seu pensamento perfeito, mas foi impossível abdicar da ideia.
Como não ficar pensando, os cotovelos na mesa, as palmas das mãos segurando as bochechas, os olhos fixos lendo e relendo a frases justas para o momento ao qual me impus, na dúvida entre cansar ainda mais o amigo com minhas preocupações, ou dar-lhe o conforto da boa nova construída, o afago tão necessário na inquietude.
Dona Lya tirou o meu sossego.  Me fez voltar receoso à calma visão do senhor Geara soltando pipa no Caju e repensar a escolha. Indeciso, oscilando entre insensato, burro e otimista demais, resolvi preservar a saúde. Calcei um sapato de ferro.

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