segunda-feira, 22 de julho de 2013

ACREDITE

O Atlético começou o jogo cheio de surpresas. A volta de Botelho, as ausências de João Paulo e Zezinho, o ataque com Baier e Marcão trouxeram a campo um Furacão muito diferente do anunciado no treinamento.

O time com Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva, Juninho; Paulo Baier e Everton; Marcelo e Marcão; a meu ver vinha para se distribuir em campo conforme um 4-2-1-3, com Baier sendo o um da transição, Marcelo pela direita, Marcão centralizado e Everton pela esquerda.

O Furacão do surpreendente Mancini funcionou rápido. Aos cinco minutos Baier lançou Marcelo, o papa-léguas entrou pela direita da área e marcou. Outra vez saímos na frente. Vamos ver se seguramos o placar, a chuva torrencial pode ajudar o trabalho defensivo.

O Atlético faz clara opção de jogar pela direita. Léo tem liberdade para atacar, Juninho se infiltra pelo setor, as jogadas acontecem sobre Paulo André, sem criar grande perigo, mas mantendo o jogo no campo do Timão, afastando o perigo da defesa. O Corinthians joga na bola longa, tentando colocar Pato nas costas dos zagueiros, livre para marcar.

Pato recebe uma, se atrapalha com as poças, algo contra a sua natureza, mas aos 25 marca de cabeça. Uma falha tremenda da defesa. Renato Augusto rouba a bola na intermediária defensiva atleticana, caminha com ela uns trinta metros alagados e consegue fazer o cruzamento. Sete jogadores do Atlético dentro da área e Pato livre para cabecear. Weverton me deve um milagre.

O estado do gramado favorece o jogo truncado, as muitas faltas, as poucas jogadas de gol. Baier na cobrança de faltas indiretas ajuda mais Cássio que os atacantes, Botelho preocupado apenas em marcar faz falta no ataque, nosso lado esquerdo não marca presença importante no primeiro tempo.

O Timão volta melhor e incomoda cinco minutos. O Atlético se desconcentra, a defesa passa a rifar a bola e eu me assusto. O jogo retorna ao normal após confusão na área corinthiana em que Everton acerta a trave de Cássio. O Furacão retoma a iniciativa, agora com Everton e Marcelo funcionando pelos lados, o Corinthians se resume à bola longa.

O segundo tempo atleticano não trouxe o gol, mas fez de Cássio a figura mais importante do jogo. Marcelo foi muito bem pela direita, Everton entrando pela esquerda esteve por duas vezes a ponto de marcar, Baier de falta e em cruzamento de Marcelo quase colocou o Atlético na frente.

Ainda tinha a bola longa do seu Tite. Aos trinta, Pato é lançado, entra livre, Manoel atrasado, Weverton faz o milagre que estava me devendo.

A partir daí, Mancini recuou um volante para jogar como zagueiro, primeiro Juninho, depois Bruno Silva, e encaminhou o empate. O Corinthians ainda pressionou nos descontos só para me maltratar.

O time está tomando jeito, tem soluções para o ataque, Mancini parece ter entendido a fragilidade da defesa. Depois do jogo e da saída de João Paulo, fico pensando que Manoel deve colocar as barbas de molho. Facilitou no gol e permitiu a entrada livre de Pato nas suas costas. Ficou devendo.

O atleticano não deve se assustar com a posição na tabela. Vai ser difícil, vai ser aos poucos, mas vamos sair desse sufoco. Acredite.

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