quinta-feira, 18 de julho de 2013

SAIA DO SOFÁ

Em jantar com especiais amigos rubro-negros, não vi o jogo – este é o Atlético mais radiofônico dos últimos tempos – e só ouvi os espasmos do locutor quando dos lances mais agudos da partida. Quando no último instante jogador do Paysandu cabeceou na trave, um calafrio percorreu a mesa, estava na hora de acabar o jogo, o juiz atendeu aos angustiados, zero a zero em Belém.

O prezado Napo que permaneceu o tempo todo ligado no seu radinho, desviando a atenção somente para caçar um petisco, disse do melhor início do Papão, a acomodação do jogo, o melhor segundo tempo rubro-negro, dois lances de perigo em final de partida que quase decidiram para o dono da casa.

O resumo do amigo confere com o do site do Papão: “Os bicolores vieram acesos no primeiro tempo, tendo várias oportunidades de abrir o marcador, mas acabavam esbarrando no forte esquema defensivo atleticano e na boa atuação do goleiro Weverton. Na segunda etapa, o Furacão foi melhor em campo e quase abriu o marcador, e o Paysandu quase surpreendeu o adversário em duas chances no final da partida, porém, o resultado não saiu do zero”.

Importante observar a primeira escalação de Vágner Mancini. Weverton; Jonas, Manoel, Dráusio e Léo; Juninho, João Paulo, Zezinho e Felipe; Marcelo e Ederson. Para quem tem na memória a foto do Atlético que passou para a primeira divisão e se depara com a do time que enfrentou o Paysandu, as diferenças são muitas. Para quem esperava a continuidade daquela base que lutou para o retorno, uma inevitável surpresa. Boa ou ruim? Deixo para o amigo.

A escalação revela o pensamento de Mancini. Uma defesa mais segura com o afastamento de Botelho, um meio de campo com dois volantes e meio, Zezinho é o meio volante, meio atacante, um articulador e dois homens de frente. Qual a movimentação desses jogadores só assistindo o jogo. As entradas de Botelho no lugar de Jonas, Marcão por Ederson e Elias por Felipe foram tentativas de sair de Belém com o resultado positivo. Tinham que ser feitas.

Mancini ressaltou a evolução do sistema defensivo, “não sofremos gols”, destacou o controle da partida, “o Atlético dominou 70% do jogo”. Dráusio achou “importante o sistema defensivo passar em branco”, para Felipe “faltou um pouco de paciência no último passe”, Marcelo saiu satisfeito, o “time soube se impor”.

O olho no olho de Mancini funcionou, o empate foi bom resultado, os jogadores saíram de campo com o mesmo discurso. Para quem está começando e tem o Corinthians pela frente no domingo, o primeiro passo foi dado com êxito.

Agora são dois jogos observados, os jogadores mais conhecidos, dois dias para treinar, uma ou outra mudança poderá ocorrer no time a entrar em campo domingo no Durival de Britto. Mancini vai ter que se mexer.

Além do treinador, a torcida terá que dar melhor resposta neste fim de semana. Os sete mil contra o Grêmio foram decepcionantes. O meu pipoqueiro paranista me perguntou sobre as kombis atleticanas. O torcedor tem que voltar. Agora a Vila é a nossa casa. É ir lá, tomar gosto pelo campo, achar o seu canto e cantar. Vamos rubro-negro, saia do sofá.

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