sexta-feira, 26 de julho de 2013

SURPREENDER NO CANINDÉ

Estou com um olho na Arena, outro na Portuguesa. Na Baixada em construção, a águia pousou. A monumental ponte metálica, que atravessa o campo todo, nesta semana chegou ao seu destino, colocou sua extremidade no pilar da Buenos Aires. Logo o trabalho estará terminado. Daí é passar de imediato à construção da equivalente do outro lado, no setor Brasílio Itibere, onde as arquibancadas estão sendo assentadas, mais um pouco teremos o fechamento de todo o segundo anel. Com a Arena não me preocupo, nem a FIFA.

O meu olho na Portuguesa assistiu a tamancada que o Santos deu no time lusitano na Vila Belmiro, um três a zero clássico.

Com um minuto, em jogada pela direita já estava um a zero. Aos dez, de novo pela direita, dois a zero. O jogo acabou. A Lusa organizada só foi se apresentar lá pelos vinte e cinco, forçou no ataque, o Santos se defendeu, foi para o contra-ataque e marcou o terceiro  no final do jogo. O goleiro Lauro evitou maior goleada, ajudou um bocado a defesa fraca na bola aérea.

O esquema lusitano é simples. Os dois zagueiros não abandonam a defesa, os laterais tentam chegar ao ataque, bloquear o avanço dos seus correspondentes jogando bem à frente. Deixam buracos imensos na retaguarda e pouco produzem ofensivamente. Luiz Ricardo, o lateral-direito, está sendo contratado pelo São Paulo. Pode estar fora do jogo.

Ferdinando é o volante que fica, e fica mesmo. O veterano Correa é o que vai, normalmente pela direita, tendo chance chuta de fora. Bate escanteios pelo setor, sempre na primeira trave, manda bala nas faltas diretas.

Os armadores são Canhete e Souza, você já o viu menino no São Paulo. Os dois correm em toda frente de ataque, trocando bolas, passes curtos, tentando dar o passe final para jogador colocado sobre a linha dos defensores. Souza joga mais pela direita, mas conseguiu melhores resultados contra o Santos entrando pela esquerda. Bate os escanteios por esse lado, todos dentro da pequena área, Weverton vai ter que se virar. É o homem a marcar.

Os atacantes são Diogo e Bruno Moraes. Diogo volta muito e joga na vertical, tem que dar no mínimo um drible para seguir em frente. Bruno joga centralizado, fazendo o pivô ou finalizando, fez gol de cabeça contra o Goiás no último fim de semana.

Dificilmente sai com a bola longa, toca desde a defesa, a redondoca tem que passar por Correa para ser encaminhada a Canhete ou Souza. Complicada a saída de bola, Canhete volta para buscar. A troca de bolas curtas por toda extensão do campo torna a equipe lenta, passível de erro de passe comprometedor. O time me pareceu cansado no final da partida.

Resumo da ópera. Acho que o Atlético do seu Vavá está mais organizado, motivado e preparado fisicamente que o time que viu nascer o mestre Djalma Santos. Vivo desde o primeiro minuto, com força e com raça, dá para surpreender no Canindé.

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