segunda-feira, 29 de julho de 2013

OPTAR PELA BRAVURA

Amigos, o dia amanheceu maravilhoso. Do meu observatório, um laranja forte emoldura a Serra do Mar, perde a força com o seu elevar, transforma-se num branco esfumaçado ainda em laranja e, finalmente, torna-se azul, um azul de pintura nova, suave, brilhante, um dia já sem Papa, mas como sempre, com a presença animadora do Criador. Próximo, a Arena magnífica acorda envolta em brumas, invisível, apenas a extremidade de um grande guindaste marca o local de intenso trabalho.

Amigos, o dia amanheceu maravilhoso, o meu querido Furacão fora da zona de rebaixamento.

Foi um pequeno passo, difícil, o inimigo dando alguma ajuda, esse é o futebol, impossível reclamar da boa sorte.

O dia especial marca o início de semana em que teremos pela frente o todo poderoso Galo campeão da Libertadores na quarta-feira. Aprontei-me para ver o clássico mineiro, conhecer o adversário em estado de graça e fui surpreendido pelo descanso dos seus titulares. Fiquei no desconhecimento, fui dar uma olhada em Corinthians e São Paulo.

O time do Morumbi vinha de sequência de derrotas, perder impossível. Autuori criativo apresenta ao mundo então o seu meio campo em diamante. É irmãos, diamante. O que é isso? O velho três volantes com Fabrício, Rodrigo Caio e Welington defendendo e Jadson esperneando para enfiar uma bola para Osvaldo ou Ademilson jogando pelos lados. Resultado, zero a zero.

O amigo vai imaginar que o empate em Minas é ótimo resultado, o Atlético bem poderia copiar o diamante do seu Autuori, trazer para Curitiba um zero a zero de enfartar rubro-negro. O seu Vavá, que se disse muito irritado com os dois gols tomados contra a Lusa, e com toda a razão, especialmente da maneira como foram ofertados à Portuguesa, bem poderia copiar os bambis em desespero.

Aí, eu me pelo de medo. A mostra de sábado comprovou que o problema da defesa do Atlético não se resolve com proteção, pode-se armar um ferrolho suíço e mesmo assim poderemos levar gols, como quase levou o São Paulo, Pato perdeu dois em ótimas condições. Tivesse marcado um, o diamante estaria definitivamente estilhaçado.  

O caso do Atlético é troca de peças. A prateleira está vazia, não há tempo para mudar esquemas, colocar em campo os meus três zagueiros sem qualquer treinamento. Então, se tomar gol é nosso destino, temos que fazer gols. Colocar em campo jogadores de ataque, entrar com Baier, Marcelo, Everton e o centroavante do dia, incomodar na frente, tentar marcar e orar pelo bom desempenho da tropa da retaguarda.

Bom estar atrás do teclado e ditar soluções para o seu Vavá. Vamos seu Vavá! Peleando em retirada, com pouca munição, se encolher perde, se tiver um momento de bravura, contar de novo com um mínimo de sorte, a vitória pode acontecer. Melhor optar pela bravura.

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