quinta-feira, 25 de julho de 2013

UM TIME E UM SONHO

O futebol nos permite conclusões sem qualquer sentido. Melhor jogar contra o Timão do que contra o Papão parece ser uma delas. Frente ao Corinthians no domingo, o Atlético jogou bem, articulou boas jogadas, manteve a posse de bola durante bom espaço de tempo, tivesse vencido teria sido fruto do melhor futebol.

Enfrentando o confuso Paysandu, o Furacão quebrou a bola no primeiro tempo, mesmo com o gol de Baier aos quatro minutos, motivo para mais tranquilidade, teve dificuldades para cadenciar o jogo, ter superior controle da partida.

Mesmo assim, foi melhor, tentou o jogo lateral, avançou a defesa, tomou um susto tremendo aos dezenove – defesa em linha, cruzamento para jogador entrando livre, o inacreditável chute para fora –, forçou pelo meio, Marcão perdeu chance finalizando passe de Baier, o goleiro Marcelo fez boa defesa em chute de fora do velhinho. Ir para o vestiário com um a zero foi excelente.

Abre o segundo tempo com Dellatorre no lugar de Marcão. Creio que o seu Vavá está testando seus atacantes, quer observá-los com razoável tempo de jogo. Vai ter que escolher um logo. Atacantes perdem gols, a torcida pega no pé, mas não podem ser afastados por esses motivos. Marcão não é o Fred que pega na bola dois minutos por partida e faz um gol. Todos nós sabemos disso. Tem que ter permanência em campo, perder uns dois para fazer um. Outras vezes entra cinco minutos e marca, como contra a Ponte Preta em que nos deu a vitória.

Os nossos atacantes são assim, tem que dar muita enxadada para conseguir uma minhoca. Seu Vavá precisa escolher seu nove titular e dar tempo para ele explorar a horta com mais serenidade. Atacantes de meio tempo são homens ansiosos, inseguros.

A conversa do vestiário levou a campo um Atlético mais eficiente. Continuamos com Marcelo e Everton com boas atuações pelos lados, Dellatorre centralizado, Baier fazendo a transição. Num dos poucos momentos em que Marcelo trocou de posição com Delatorre surgiu o gol que nos levaria à próxima fase. Baier entrou pela esquerda, tocou a Marcelo dentro da área, o papa-léguas girou rápido e marcou. Era só segurar o resultado.

Então, o ex-atleticano Zé Antônio marcou, aproveitando rebote defensivo. A esperada pressão do Paysandu não aconteceu. Os lances de perigo na área rubro-negra foram fruto das inúmeras faltas cometidas pelos atleticanos na intermediária defensiva. Foram muitas, demais. Felizmente, nossa defesa parece ter participado de algumas boas aulas de bola aérea. O resultado o amigo sabe.

Do que gostei? Gostei muito dos laterais na marcação, o Papão não se criou pelos lados. Manoel foi muito bem. Baier, enquanto tiver gás, tem que jogar. Everton é ótimo jogador. Marcelo voltou aos tempos de série B. As entradas de Dellatorre, Palau e Elias foram importantes para mostrar que o Atlético tem elenco para enfrentar a competição. Confirmada a contratação de Thiago Feltri para a lateral-esquerda, faltará ainda um bom zagueiro.

A nau está entrando no rumo. Os jogos continuados podem dar ao Atlético o que ele não teve até agora, ritmo de competição. Confie rubro-negro, para os mais otimistas agora temos um time e um sonho.

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