domingo, 28 de julho de 2013

NINGUÉM PARA TROCAR

Eu que esperava por surpresa no Canindé, comecei caindo da cadeira na entrada do time em campo. O time anunciado vinha com três volantes, Bruno Silva, Juninho e Zezinho. Levantei e tentei ser otimista, imaginei Zezinho fazendo a função de Everton, jogando no ataque, caindo pela esquerda. Em 5 minutos percebi o armador transformado em volante. A minha regra diz que time com três volantes é vitória certa... Do adversário.

Passam-se sete minutos e Manoel marca completando cabeceio de Luiz Alberto em escanteio. É hoje que eu vou queimar minha língua, louco de satisfeito. Toda regra tem exceção, vai ver hoje é dia de exceção.  

Nem se passaram quatro minutos, a Lusa ataca pela direita, Zezinho não impede o cruzamento, o atacante no meio da área cabeceia livre para companheiro entrando pela direita, Luiz Alberto aprecia, novo cabeceio, Weverton salva. A indigência da defesa no lance foi nível terceira divisão. Vai piorar. O escanteio é cobrado, Moisés cabeceia livre, Weverton assiste, jogo empatado.

Eu disse que iria piorar... Irmão... Estava só começando. Aos 22, Manoel dá um bico em Bruno Moraes dentro da área. Pênalti. Outro lance nível terceira divisão, inacreditável. Gilberto bate, gol, toca o Vira de Dois Pulos no Canindé.

Amigos, a defesa do Atlético é mata torcedor. Manoel é leão que morde o rabo a cada jogo. Weverton não faz milagre. Botelho, como diz o meu porteiro coxa, “é caso de empresário forte”. Luiz Alberto está alongando a carreira no meu Atlético. Com defesa desse padrão, procuramos atacante.

O Delegado pode fazer história no Rubro-Negro. Colocar o time na segunda divisão como treinador e diretor de futebol. Quer por que quer ser bi.

Perdidos em campo, dominados completamente, os jogadores vão para o vestiário agradecendo não ter levado o terceiro, o quarto. Jogar com três volantes serve para defender, arriscar um gol, e, conseguindo, voltar a defender. No Atlético, nem isso deu certo. Perdendo, o esquema é inútil, você tem que atacar e não tem jogadores para isso. Na volta, se um não sair, desligo a TV.

A luz baixa sobre a mente do seu Vavá. Entra Elias no lugar de Juninho. Aos três Souza cabeceia na trave, aos seis é expulso. Toca o Vira da Sorte no Canindé. O jogo muda de figura, a Portuguesa com dez, o Atlético com Baier e Léo pela direita, Elias na transição, Marcelo na esquerda explorando a veteranice de Correa, Dellatorre no meio dos zagueiros. A sorte ajuda e o Atlético tem em campo jogadores para virar o placar.

Marcelo faz sua parte pela esquerda, passa pelo marcador, cruza e Dellatorre marca o seu primeiro com a camisa do Furacão. Aos 47, Léo recebe passe longo de Elias, livra-se de dois, finaliza, a bola caprichosa encobre Lauro, bate no travessão e cai dentro do gol. Três a dois. Surpreendemos no Canindé.

O Atlético entrou em campo mal escalado, tomou um baile no primeiro tempo, a expulsão de Souza foi definitiva, vencemos, estou louco de feliz. João Paulo tem lugar nesse time com um pé nas costas, Elias é o primeiro na fila para entrar. Da defesa já falei, aliás, já estou cansado de falar. Trocamos centroavante a cada 45 minutos, por que não podemos trocar goleiro, zagueiros, laterais, onde mora o problema? O amigo se espanta com a minha pergunta, a resposta é óbvia, simplesmente, não há ninguém para trocar.

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