Esse é o pensamento que se deve evitar a todo custo. Forme um time para não
cair e pode comprar passagem para Arapiraca no dia seguinte.
Se aos jogadores for passada essa meta sem qualquer sentido, perde-se o
coletivo, a união indispensável, o objetivo passa a ser o brilhareco
individual, o chamar a atenção para a transferência futura, o conjunto deixa de
ser prioridade, nada mais se acerta.
Andar na corda bamba, passar o ano namorando a zona do rebaixamento, leva à
obesidade mórbida do bicho nas últimas partidas, colocada nas cordas a
diretoria em desespero. Quem não lembra de Atlético e América Mineiro na
penúltima rodada do Brasileirão 2011. O seu delegado lembra bem, estava lá no
comando.
Um bom técnico, duas ou três contratações de peso para a defesa e o
Atlético está pronto para fazer um bom campeonato, afastada qualquer chance de
rebaixamento.
No começo do ano, quando exigia vitórias do sub-23, prezado amigo me ligou
reclamando, dizia que eu só pensava em ganhar, não entendia o projeto.
Expliquei que compreendia perfeitamente, só não percebia o porquê de tirar da
agenda qualquer possibilidade de sucesso.
Com o passar do tempo, o time do Prof. Berna se acertou, deu um baile nos
coxas, teve sorte, foi à final. Perdeu, mas foi exemplo de que qualquer grupo
bem conduzido pode chegar longe.
O time de 2010, que quase chegou à Libertadores, nada tinha de especial,
apenas foi orientado com equilíbrio pelo Carpegiani, acreditou ser possível e
andou perto, a defesa forte, na frente o golzinho salvador. Sempre o equilíbrio
defesa-ataque. Assim, quem busca treinador para o Furacão deve procurar no
perfil do profissional a característica de um bom acertador de defesa.
Seja quem for o escolhido, o importante é chegar para colocar o time na
primeira página da classificação. Temos bastante tempo para isso, vejo nos
jogadores empenho, creio que estão prontos a cooperar com o novo treinador. O delegado
e remanescentes da era Drubscky tem a obrigação de passar a realidade da equipe
ao novo ocupante do cargo, sem exageros inaceitáveis.
Pés no chão, verdade, inteligência e equilíbrio são as chaves para um ano
tranquilo, a volta da torcida ao campo de jogo. Além da má apresentação no
gramado, a torcida também deu vexame nas arquibancadas. Sete mil pagantes não é
público para Atlético e Grêmio. Amigos, vamos por a mão na consciência, deixar
de fazer fogo da confortável trincheira, precisamos voltar à batalha.
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