quarta-feira, 10 de julho de 2013

VOLTAR À BATALHA

O delegado continua com sua lupa atrás do treinador. O torcedor divaga entre múltiplas possibilidades, considerações de todos os tipos. A amigo preocupado com a filha estudante de medicina que vai fazer serviço civil obrigatório por dois anos, só para se humanizar, fala em mandar o delegado, o Prof. Berna e o Alberto embora, somar os salários e contratar um bom treinador. Diz ele que basta não cair e está bom demais.

Esse é o pensamento que se deve evitar a todo custo. Forme um time para não cair e pode comprar passagem para Arapiraca no dia seguinte.

Se aos jogadores for passada essa meta sem qualquer sentido, perde-se o coletivo, a união indispensável, o objetivo passa a ser o brilhareco individual, o chamar a atenção para a transferência futura, o conjunto deixa de ser prioridade, nada mais se acerta.

Andar na corda bamba, passar o ano namorando a zona do rebaixamento, leva à obesidade mórbida do bicho nas últimas partidas, colocada nas cordas a diretoria em desespero. Quem não lembra de Atlético e América Mineiro na penúltima rodada do Brasileirão 2011. O seu delegado lembra bem, estava lá no comando.

Um bom técnico, duas ou três contratações de peso para a defesa e o Atlético está pronto para fazer um bom campeonato, afastada qualquer chance de rebaixamento.

No começo do ano, quando exigia vitórias do sub-23, prezado amigo me ligou reclamando, dizia que eu só pensava em ganhar, não entendia o projeto. Expliquei que compreendia perfeitamente, só não percebia o porquê de tirar da agenda qualquer possibilidade de sucesso.

Com o passar do tempo, o time do Prof. Berna se acertou, deu um baile nos coxas, teve sorte, foi à final. Perdeu, mas foi exemplo de que qualquer grupo bem conduzido pode chegar longe.

O time de 2010, que quase chegou à Libertadores, nada tinha de especial, apenas foi orientado com equilíbrio pelo Carpegiani, acreditou ser possível e andou perto, a defesa forte, na frente o golzinho salvador. Sempre o equilíbrio defesa-ataque. Assim, quem busca treinador para o Furacão deve procurar no perfil do profissional a característica de um bom acertador de defesa.

Seja quem for o escolhido, o importante é chegar para colocar o time na primeira página da classificação. Temos bastante tempo para isso, vejo nos jogadores empenho, creio que estão prontos a cooperar com o novo treinador. O delegado e remanescentes da era Drubscky tem a obrigação de passar a realidade da equipe ao novo ocupante do cargo, sem exageros inaceitáveis.

Pés no chão, verdade, inteligência e equilíbrio são as chaves para um ano tranquilo, a volta da torcida ao campo de jogo. Além da má apresentação no gramado, a torcida também deu vexame nas arquibancadas. Sete mil pagantes não é público para Atlético e Grêmio. Amigos, vamos por a mão na consciência, deixar de fazer fogo da confortável trincheira, precisamos voltar à batalha.

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