sábado, 20 de julho de 2013

MUITO MAIS ATLETICANO

Na onda da voz nas ruas, está programada para domingo manifestação de parte da torcida rubro-negra desencantada com a situação da equipe no Brasileiro. A tropa está prá lá de cansada. O ano negro de 2011 derrubou o time e o torcedor acostumado a uma permanência na primeira divisão de muitos anos. Em 2012, quando se esperava um retorno fácil, uma dureza de enfartar maratonista. Este ano, de novo as dificuldades, os maus resultados, a incerteza da permanência batendo na porta. Quem disser que está satisfeito e estiver mesmo, merece estátua no panteão dos heróis rubro-negros.

A manifestação começará na Arena e seguirá para a Vila CAPanema onde esperará a chegada do ônibus com os jogadores.  O que vai acontecer ninguém sabe, nem a liderança anônima do movimento pode assegurar que tudo transcorrerá pacificamente.

Alguns temem a infiltração de alviverdes prontos a criar confusão, dilapidar patrimônio. Eu temo mesmo os primitivos, o atraso civilizatório que se aproveita desses momentos para exercer a barbárie, facilitada pela prevaricação policial.

Anos atrás, em final do Paranaense, seguia pela Getúlio Vargas em direção da Arena quando chegaram alguns ônibus com a torcida do Atlético. Os torcedores desciam e de imediato eram recebidos pelos cassetetes da escolta policial. Uma mocinha, creio que soldado, deitou e rolou na pancadaria. Os caras nada tinham feito e tomavam pancada. Uma covardia. Hoje quebram, roubam, incendeiam e a polícia assiste. Muito estranho.

Mais estranho ainda são os advogados da OAB de plantão na delegacia para defender os criminosos. A Ordem dos Advogados do Brasil está hoje muito mais para Ordem dos Amigos da Bandidagem. O Brasil caminha para a anarquia a passos largos.

Vou me indignando e perdendo o rumo. Voltemos à manifestação de domingo. Há concordância na necessidade das manifestações, os nossos homens públicos perderam os limites, 60% do Congresso Nacional têm problemas com a Justiça, voltamos à OAB e fechamos o circuito do crime.

O problema é que essas manifestações começam pacíficas e se transformam em atos de vandalismo da mais pura violência. O ato de domingo muito provavelmente não fugirá a essa regra. Os primitivos devem estar juntando as pedras. Há risco para a segurança dos jogadores, para o patrimônio atleticano, para o torcedor desejoso em ver o jogo, apoiar o Furacão.

A diretoria do Atlético já deve ter comunicado às autoridades os perigos que rondam a tarde de domingo. Nem precisava, a inteligência militar tem o dever de identificar os riscos para a segurança da população, se antecipar aos problemas, proteger o povo.

Fora de campo, a iniciativa é inútil, em nada vai melhorar a situação, não ganhará três pontos, o desassossego que causa afastará a torcida do grande jogo. Os mentores deste movimento desnecessário e fora de hora podiam guardar suas vozes para incentivar o time em busca da vitória. Seria muito mais produtivo, muito mais futebolístico, muito mais atleticano.

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