sexta-feira, 19 de julho de 2013

NA CASA DO CHILIQUENTO

Ontem dei uma olhada nos melhores momentos do jogo contra o Papão. O Atlético pode ter controlado a partida, mas as melhores chances foram do Paysandu. Weverton fez umas três defesas ótimas, o goleiro do papão pegou excelente cabeçada do Manoel à queima-roupa. Passei a achar que o resultado foi ótimo.

Vamos desligar da Copa do Brasil, passar o interruptor para o Brasileiro em que estamos momentaneamente no fim da fila.

Nos seus últimos dias no Náutico, Mancini, que lá pelo Nordeste foi confundido com Walter Avancini por presidente de clube, declarou ser possível equipe ter uma escalação para jogos fora, outra para jogos dentro de casa. Assim, podemos ter alteração na relação de jogadores e, sem dúvida, na forma de atuar do Furacão.

Enquanto o Atlético empatava com o Papão, o Corinthians vencia o São Paulo e conquistava a Recopa. O seu Autuori ainda não encontrou o caminho das vitórias no Bambi Tricolor Club, o presidente Juvenal já está com saudades do Ney Franco. O time mosqueteiro está em estado de graça.

O chatíssimo e campeoníssimoTite chega à Vila CAPanema com sua fórmula de sucesso. Time formado por bons jogadores, nenhum supercraque, em anos à frente do Timão, poucas mudanças na escalação e na forma de atuar. O time é entrosado, aguerrido, vencedor. Um ótimo chamariz para que o torcedor vá ao nosso lar temporário, assim me expresso só para agradar paranista que teve um chilique de perninha quando ontem classifiquei a Vila de nossa casa.

Mancini ainda não pode copiar Tite, deve mudar o Atlético. Já começa a abandonar as informações recebidas quando da chegada, ter uma visão própria das características dos jogadores, deve ter o retorno de Everton, Baier, Luiz Alberto, Bruno Silva, as mudanças podem ser significativas.

O Atlético começa agora a ganhar ritmo de competição, está com pneu de chuva em dia de céu de brigadeiro, tem que acelerar o que dá, trocar pneus a cada volta, entra o duro, volta o macio, tenta o intermediário. O Corinthians está com o pneu certo, ajustado, mas corrida é corrida, sempre se pode quebrar o câmbio, estourar o motor, sofrer um superaquecimento pós-conquista.

O importante é que Mancini passe sua filosofia ao jogador atleticano, convença os seus bons jogadores, e vá montando o time com alterações mínimas, sempre incisivo no ataque, forte na defesa, o meio de campo em constante luta pelo controle do jogo. Aos poucos vamos descobrindo os donos das camisas.

O Furacão vai precisar do torcedor. Gostei da Fanáticos na reta do relógio. É ali que ela tem que jogar. Adorei o fim da cobrança dos cinquenta reais pelo local coberto. Todas as condições são favoráveis para um grande público. O rubro-negro dirá presente, vai empurrar o time. Com sol ou com chuva, com pneu ou sem pneu, vamos vencer na casa do chiliquento.

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