sexta-feira, 5 de julho de 2013

LEVADO PELO CORAÇÃO

O Grêmio venceu o São Paulo de Rio Grande por dois a zero na última quarta-feira. Inacreditável é a escalação do tricolor gaúcho: Dida; Moisés, Werley, Bressan e Alex Telles; Adriano, Souza, Zé Roberto e Guilherme Biteco; Vargas e Barcos. Dos onze eu só conheço Dida, Zé Roberto, Vargas e Barcos, um belíssimo goleiro, três ótimos atacantes. No banco, Kléber, outro ótimo atacante.

Até me animei. Pensei que o tricolor estivesse com time mais encorpado, com nomes mais conhecidos no sistema defensivo. A venda de Fernando, a suspensão de Pará e a contusão de Elano são desfalques importantes. Vendo a escalação, fiquei pensando se o problema gremista residia apenas no comando de Luxemburgo, exigente demais, malcriado demais. Terá o Grêmio um elenco à altura de seu passado?

Vindo do passado glorioso, Renato Gaúcho apeou do pingo em Porto Alegre, foi recebido pela numerosa torcida, homenageado com a tradicional camisa sete com nome gravado. Chegou prometendo carinho, o outro lado da moeda do destemperado Luxa, e caixinha, atacar o bolso dos atletas para evitar deslizes.

Renato andou pela Baixada no ano negro de 2011, veio com a mesma filosofia, tentou dar alguma alegria ao time, percebeu o desastre iminente e pediu as contas em poucas semanas. Do ponto de vista de quem não viveu os bastidores daquele período nebuloso, de quem pouco sabe, penso que foi no mínimo honesto.     

Recomeça a carreira contra o próprio Atlético que abandonou à deriva. Pouco conhece o Grêmio, menos conhece o Furacão. Do seu tempo ainda no Rubro-Negro são poucos. Manoel e Paulo Baier, quem sabe alguns reservas, Marcelo por exemplo.

Vem a Curitiba no escuro, acreditando mais na força da camisa, em alguns nomes importantes, do que no potencial de equipe que tem por obrigação motivar. Vai por fogo no vestiário. Para os dias de hoje é pouco. O Atlético pode enfrentar o Grêmio de elenco duvidoso com chance de vitória, basta a intertemporada ter dado solidez ao sistema defensivo.

É no que acredito, mais por intuição do que por conhecimento. Estou meio como o Renato, pouco vi o Atlético, menos ainda o Grêmio. Vai lá Guilherme Biteco é um craque. Fato é que ganhei ânimo, creio ser possível vencer. Quem sabe seja apenas efeito do meu eterno otimismo, ou do sol que apareceu. Mais uma vez lá vou eu, deliciado com o sol, levado pelo coração.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário