sábado, 13 de julho de 2013

MUSTANG ENVENENADO

O invejoso coxa-branca corre às bilheterias, vai a campo para acalmar o sentimento que o corrói, vencer o Atlético é única forma de incomodar o gigante que cresce sem parar, atormenta os sonhos de quem já foi primeiro e amarga agora o segundo plano em definitivo.

O invejoso coxa-branca gasta a imaginação, cria patéticos adjetivos, tenta menosprezar quem admira, quem queria ser, mal sabem os cobiçosos que foram eles mesmos que acordaram o gigante, colocaram Petraglia na presidência do Furacão e, de lá para cá, sofrem arriscando o olho gordíssimo sobre ascensão rubro-negra.

Então é jogar para ganhar, perder em campo é perder três vezes, doído demais.

O atleticano nada tem a ver com a dor de cotovelo alheia. Olho para o puxadinho da Mauá com satisfação, sempre é bom ver o progresso do coirmão por menor que seja. Eu, particularmente, adoro as fotos daquelas cadeirinhas empilhadas, os pedreiros proseando sobre a carcaça fragmentada, a obra em arrastado avanço.

O Rubro-Negro vai a campo em busca da recuperação no Brasileiro, um falso recomeçar para quem até agora não ultrapassou a linha de partida. Temos carências, problemas de organização tática, algumas virtudes, alguns bons jogadores, a vontade de vencer de todos eles.

É possível vencer esse Coritiba na ponta da competição? Claro que sim, é possível vencer a Espanha, basta lembrar que o sub-23 sapecou um três a um histórico no time do seu Virso. De lá para cá, o coxa piorou ou melhorou? Não sei, não sei até que ponto a saída de  Rafinha influi no desempenho da equipe. Sei que Alex é o dono do time, passa, dá bronca nos menos esclarecidos, quando o barco vacila, faz o gol salvador.

Futebol às vezes é como carro velho. O time está rateando, de repente salta uma faísca, o meio de campo cria, a defesa arrepia, o ataque desanda a fazer gols. Creio que a experiência de Alberto como jogador, como participante de tantos clássicos, possa ser essa centelha a dar ânimo ao Furacão, convencer quem sabe jogar a ter força para entrar e vencer, por limites em quem tudo quer resolver.

Tenho certeza da vitória rubro-negra. Além do anjo a soprar no meu ouvido, penso que a união do grupo, uma palavra do interino e a presença do novo treinador possam fazer a diferença, transformar o Opalão ruidoso num Mustang envenenado.   

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