sexta-feira, 16 de agosto de 2013

CABEÇA, FORÇA E RAÇA

Em jogo em que os goleiros foram as estrelas, o Furacão empatou com o São Paulo no Morumbi. Não foi a vitória completa, o que todos queríamos, pelo menos trouxemos um ponto e deixamos vinte e cinco mil bambis lamentando na chuva paulistana.

O começo do Atlético me decepcionou. Esquecido um chute de João Paulo que assustou Rogério logo aos dois minutos, nos encolhemos na defesa, tomamos um sufoco danado. Nossa presença maior no ataque nos primeiros minutos aumentaria a insegurança tricolor, só traria benefícios, infelizmente, ficou na minha vontade, o adversário joga, impôs seu mando e chegou ao gol logo aos dezessete.

Jadson cobrou falta, Rodrigo Caio raspou de cabeça e colocou no canto de Weverton. Aloísio impedido movimentou-se para completar para dentro do gol chegou atrasado. O lance é polêmico. Diz Gaciba que se o jogador em impedimento não tocar a bola o lance é válido. Disse o Arnaldo, que acha que a regra é clara, em lance idêntico de Flamengo e Bahia, que o impedimento existe.

Quem sou eu para meter minha colher, ainda mais se a regra mudou. Para mim, tivesse Aloisio ficado quietinho no seu impedimento, gol do São Paulo. Mexeu, participou da jogada, está impedido. Pelo visto, o meu achar está mais que ultrapassado.

O gol tricolor trouxe a campo o Atlético que eu queria. Como se precisasse sofrer o gol para acordar, o Furacão dominou o jogo a partir do desastre, incomodou Ceni o tempo todo, conseguiu administrar as investidas bambinescas, quando o tempo fechou, Weverton salvou.

O empate veio em lance muito bem elaborado. Botelho lança Dellatorre no meio do ataque, o passe saiu de primeira para Marcelo, o papa-léguas entra na área e Rafael Toloi passa o rodo como se estivesse no meio do campo. Pênalti claro. Baier bate forte, Ceni ainda toca na mariquita louca para nos dar alegria. Trinta e sete do primeiro tempo, o resultado do jogo estava decretado.

A pressa pode ter nos tirado os três pontos. Em lances com Dellatorre duas vezes, Everton e Marcelo tentamos o chute de fora quando poderíamos nos aproximar um pouco mais. Se não chuta, avança e perde, vou dizer que deveria ter chutado. Coisas de quem está atrás do teclado.

Aos quarenta, Marcelo chega pela esquerda, tira Rodrigo Caio para dançar e cruza para Éderson livre. O artilheiro dos míseros minutos manda bala e Ceni defende. Os grandes goleiros chamam a bola. Weverton está chamando a bola.

O empate na missão no exterior contra o Inter e este contra os bambis em desespero mostram a maturidade do Atlético. Foram jogos em que o Furacão esteve para vencer, construiu jogadas para isso, defendeu e atacou com equilíbrio, deixou de ser surpresa, é adversário a ser encarado com respeito. Ufa! Conseguimos acertar. Mérito do seu Mancini, do grupo como um todo que o recebeu bem e está jogando com cabeça, força e raça.

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