terça-feira, 13 de agosto de 2013

PÉ NA LIBERTADORES

O atleticano até poucos dias preocupado com a zona de rebaixamento está sorrindo de orelha a orelha. Alguns nem acreditam, querem o mais rápido possível a chegada dos quarenta e cinco pontos, querem se livrar dos maus pensamentos, aguardar a inauguração da Arena com o time instalado na primeira divisão.

Penso que o rubro-negro de modo geral, maltratado pelos últimos anos, tem os quarenta e cinco pontos como seu primeiro objetivo. O que deve ficar claro, é que o resultado obtido até agora não é fruto da sorte ou de tradicional início virtuoso do trabalho de novo treinador.

O Atlético vencedor das últimas semanas é uma realidade fundada principalmente no trabalho ofensivo, setor que a direção rubro-negra se preocupou em reforçar, foi foco de atenção especial de Nhô Drub e Mancini aperfeiçoou com a escalação de Paulo Baier.

A defesa em pandarecos, que amarrava a evolução da equipe, evoluiu com Mancini, a meu ver pelo simples reconhecimento da missão principal de seus jogadores, isto é, defender. Manoel e Botelho restringiram-se ao cumprimento de seus papeis principais, os buracos imensos deixaram de existir, a defesa evita gols, o ataca marca, o time ganha pontos.

Inegável o bom rendimento físico. O Prof. Moraci conseguiu bem preparar os jogadores e agora se preocupa com suas recuperações entre jogos. O time se mostra forte nos últimos minutos. Contra o Inter, ali pelos 70 era sensível a queda do rendimento colorado, o Atlético ainda tinha forças para jogar. Fica para alguém com melhor conhecimento de preparação dizer se a longa pré-temporada tem algum efeito sobre essa produção superior em fim de partida.

Então entra o grupo de nível, as substituições se realizam sem perdas significativas de qualidade, sai Dellatorre entra o artilheiro dos míseros minutos, sai Baier entra Elias, sai Bruno Silva entra João Paulo, o volante do tiro certeiro, mudam os atletas, mantêm-se o nível de atuação, por vezes até melhora.

As reposições para a zaga e a lateral-esquerda tardam, penso que alguém deve estar preocupado com isso.

Soma-se a todo esse ambiente produtivo, o comprometimento dos jogadores com a busca do resultado positivo em todos os cenários, os jogos fora passaram a ser a especialidade da equipe. As declarações dos atletas só falam em G4.

Se eles acreditam, o torcedor tem que soltar as amarras que o prendem ao passado de sofrimentos, acreditar em melhor possibilidade, acreditar que a primeira divisão é pouco, melhor seria inaugurar a Arena magnífica em grande estilo, com o pé na Libertadores.

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