sexta-feira, 2 de agosto de 2013

DEVE GANHAR

Animado, o atleticano começa a fazer contas. Ganhamos as duas em casa, o Coxa perde as duas fora, pronto, emparelhamos com as flores do campo. O torcedor está certo, tem que se animar, agourar o rival, infelizmente, a matemática do futebol não é assim tão exata. O amigo sabe que uma das minhas teorias diz que é melhor jogar contra o Timão do que contra o Papão da Curuzu. Ganhamos três fora e sofremos em casa. Agora temos o Goiás pela frente. Assisti a duas partidas do time do cerrado.

Contra o Bahia na Fonte Nova, derrota por 2 a 1, o empate com o Vasco ontem nos últimos minutos. Dois jogos muito diferentes. Frente o Baêa, bom primeiro tempo, segundo incompetente. Contra o lusitano carioca, início inoperante, correria no final.

A defesa com Vitor, Ernando, Rodrigo e William Matheus é experiente. Ernando é pretendido pelo Inter, Vitor é centenário no clube, Rodrigo você já viu usando as mais diversas camisas. Para mim, William é a novidade. Em Salvador, os laterais foram muito bem, atacaram, criaram situações de gol, William é bem entrosado com Walter, a estrela do time. Não foi assim contra o Vasco. Sem bloqueio, despreocupados, incomodam muito, podem decidir a partida. Tem que cuidar.

Amaral é o volante que fica, Davi chega mais no ataque, nenhuma novidade no posicionamento tático desses jogadores, nem superior qualidade a exaltar.

O problema é o meio campo. A dupla Renan Oliveira e Ramon, que jogou em Salvador, ou Renan e Hugo no Serra Dourada estão com a luminosidade de lamparina a querosene. Time que pretende jogar trocando bolas até dentro da área, dependente dos jogadores da transição, sofre com o mau momento desses jogadores, sente falta de Ricardo Goulart vendido para o Cruzeiro.

No ataque, o dono do time, Walter, um gordito de 91 quilos, é o faz tudo no setor. Rápido, dribla, faz o pivô, enfia bolas, cai pelos lados, cruza bem, é difícil tomar-lhe a bola. Se relaxar com o gordito ele deita e rola. Rola no bom sentido.

O companheiro do amigo dos Vigilantes do Peso em Goiânia foi Tartá, nosso velho conhecido, caindo pela direita, forçando na velocidade, a produção pouca. Em Salvador foi Araújo, o velho artilheiro do clube de volta ao lar, sem a mesma qualidade do passado.

Perdendo na Bahia, Neto Baiano entrou no ataque, fixo entre os zagueiros. Perdendo em Goiânia, saíram as lamparinas para dar lugar a Junior Viçosa e Araújo. O time saiu do toque-toque característico e foi para a bola aérea. Conseguiu penalidade em jogada vertical pelo meio. Quem bate? El gordito. Bateu e empatou.

Pelo que vi, o time do planalto central está ainda em organização, tem um elenco mediano, os laterais podem criar problemas, Walter tem que marcar. Vem de derrotas, é provável que chegue a Curitiba muito modificado do meio para frente. Difícil prever. Acho que o Atlético está um passo adiante em termos de organização e elenco. Se não se achar o campeão da Libertadores, manter o posicionamento da defesa, jogar sério, deve ganhar.

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