terça-feira, 20 de agosto de 2013

CONCORDAR COM O SEU VILSON

A tropa da FIFA esteve em Curitiba, deu uma olhada na obra e decidiu-se pela não implantação do teto retrátil para a Copa do Mundo. Teme-se pelo atraso da entrega do estádio, prevista para dezembro deste ano. Todos nós da província sabemos que não é o teto retrátil que atrasa o andamento dos trabalhos, é a falta de recursos, suspensa pelos nossos “homens públicos” interessados em tudo, capazes de tudo, menos facilitar a vida de quem procura o progresso.

O nosso governador de cabelos impecáveis já reiterou que não vai colocar mais um centavo na obra. O prefeito de cabelos não tão alinhados também. Dizem que com o dinheiro a ser colocado para a finalização da obra poderiam ser feitas outras obras públicas mais urgentes. Então meus queridos e honestos homens de bem, por que não fazem?

Por que nossa população é carente de hospitais, creches, estradas, escolas, segurança? Por que essas obras não começam amanhã?

Todos nós sabemos que não vão começar. Tudo não passa de encenação política, uma demonstração de força em vésperas de ano eleitoral, tentativa vã de mostrar serviço na hora da prova, marmelada na hora da morte.

Que controle terá sobre obras, gastos de secretarias, um governador que não consegue manter um mínimo de controle sobre a sua polícia, atolada até os joelhos com os desmanches da capital? Quem acredita nos números oficiais sobre violência em Curitiba, se bandido foi solicitado a roubar carros em Contenda, São José, Piraquara para que os índices de roubos na capital tivessem um decréscimo? Só os tolos. Uma vergonha.

O atleticano quer voltar para casa com ou sem teto retrátil. A instalação da engenhoca pode ficar para depois. Anotou no seu caderninho os nomes de Richa e Fruet para as próximas eleições e segue feliz rumo à Libertadores.

Quem ligou luz alta para enxergar a Libertadores foi o Coritiba, surpreendeu-se com a placa do Furacão na sua frente. O Coxa foi operado no jogo contra o Corinthians, o seu Vilson teve um chilique, estranho para alguém que considerava a arbitragem passível de erro, a discussão sobre os homens de preto algo pequeno demais.

A discussão sobre os benefícios que o Corinthians tem com a arbitragem é realmente café pequeno em relação ao aumento absurdo de patrimônio que o clube paulista terá sem ficar com um pingo de dívida. Vai receber de graça um estádio de primeiro mundo, com benfeitorias de primeiro nível, o governo federal não está poupando granito para a conclusão da obra faraônica.

Tivéssemos mesmo um pingo de preocupação com dinheiros públicos, estaríamos todos exigindo explicações sobre o abundante maná que cai sobre o deserto corinthiano. O amigo percebeu que quando se fala em estádios particulares para a Copa só a Baixada e o Beira-Rio aparecem na lista?

Em meio a esse negrume bem Brasil varonil tenho que concordar que o problema da arbitragem é pequeno demais, embora ele esteja mudando de opinião, tenho que concordar com o seu Vilson.

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