sábado, 17 de agosto de 2013

O SEU RICHA JÁ ESCOLHEU

Amigos, sou réu confesso, votei em Beto Richa. O enfrentamento do então prefeito de Curitiba com o governador Requião me fez ver nele alguém de confiança, alguém de princípios. Não só por isso, os demais candidatos eram de amargar, Richa era, a meu ver, a maçã menos acre da cesta.

O fim do parágrafo mostra verdade inequívoca, Richa era mesmo a maçã menos travosa, suas ações refletem meu equívoco sufragista, como diria Odorico Paraguassu. Errei, sou réu confesso.

A exemplo de Fernando Henrique, que desamparou Serra e entregou o país ao Lula, ao caos de todas as suas instituições, abandonou seu sucessor na Prefeitura, entregou a capital, hoje amargamos um buraco a cada dez metros de via pública, só para falar no que se vê, espero que em outros setores a investidura municipal esteja sendo mais feliz. Torço por isso.

O procedimento distante se observa em todas as práticas do governador. O que fez, qual a grande obra em andamento, qual a posição firme tomada? O amigo mais chegado à política pode me contestar, apresentar fatos que me desmintam, acontece que nada vejo, ou o chefe do executivo é pessimamente assessorado na área de comunicação, ou minha visão é a mais pura expressão da verdade.

Nesta semana, assisti entrevista do governador sobre as concessionárias de pedágio. Perguntado se a prorrogação dos contratos estava em análise, pipocou e disse que não, contrariando a fala do representante das minas de ouro do asfalto, um cara de pau sem tamanho, que chegou a alegar prejuízo das concessionárias. Meus irmãos, a única coisa que pode nos livrar da agressão diária em nossas vias é o fim dos contratos e a troca de contratadas. Se o governador trata da prorrogação nos subterrâneos do Iguaçu, trabalha contra o povo que o elegeu, é faca nas costas do povo paranaense.

Pois o Príncipe das Araucárias resolveu abandonar o Atlético. A obra atrasou, a inflação corroeu os preços, os montantes para a conclusão da obra subiram, o contrato entre Governo, Prefeitura e Atlético induzem à divisão dos custos a maior. Pois o Príncipe roeu a corda. Disse que o Estado não colocará mais recursos na obra, nas vésperas da visita da FIFA à Curitiba.

Richa é o antipovo. Acha que o Atlético, que se endividou mais de oitenta milhões de reais para dar ao curitibano de todas as camisas a possibilidade de auferir recursos, aprimorar-se na execução de serviços, ter melhorias na sua cidade graças à realização da Copa, não merece a atenção do seu Governo.  Repito, Richa é o antipovo, o anti-Atlético, o anti-Curitiba.

Richa não me decepciona, a maçã menos amarga é sempre dura de engulir, só não o imaginava capaz de romper compromissos com parceiros voltados para o progresso, que se colocaram em dificuldades para beneficiar o povo do seu Estado, e, ao mesmo tempo, dialogar benesses com os vampiros dedicados a chupar o sangue em nossas estradas. Decididamente, não saiu ao pai.

As eleições estão aí, batendo na porta. O abandono tem volta. A última pesquisa deu Richa com pouco mais de 40% de aceitação, índice que o coloca em condições de ser reeleito por pequeníssima margem. O sonho de uns muitas vezes é dependente do sonho de outros, no caso, dos votos de outros. O seu candidato para a Prefeitura fez um beicinho contra o Atlético às vésperas da eleição e não chegou nem ao segundo turno.

A distância entre a mesa principal do Iguaçu e o fim da carreira está na simples escolha entre a postura majestática, que a nada leva, e o povo operoso. Parece que o seu Richa já escolheu.

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