quarta-feira, 21 de agosto de 2013

HOMENS DE BOA VONTADE

Existe um ditado do tempo das legiões dos Césares altamente aplicável à atual situação da Arena da Baixada: Aos amigos tudo, aos indiferentes o regulamento, aos inimigos até a calúnia.

Os custos subiram, o leite que era 1,87 passou a 2,55, imagine o amigo o preço do aço, do cimento, do tijolo, dessas coisinhas imprescindíveis à construção de obra padrão FIFA. O montante assustou governo e prefeitura. O pessoal que criou a fórmula financeira para a execução do projeto, que assinou contratos, correu para os bastidores.

Por enquanto, o Atlético, felizmente, é tratado como indiferente. Os representantes dos segmentos políticos envolvidos rebuscam dados técnicos, índices, querem opiniões de órgãos da construção civil, procuram nos regulamentos a maneira de enquadrar o Furacão, cortar-lhe as asas, fugir das suas responsabilidades com algum embasamento, que não os faça parecer traidores sem causa.

É impressionante que nossos governantes assinem contrato vultoso e não realizem o acompanhamento de sua execução, não se empenhem nas suas esferas para que os recursos sejam disponibilizados a tempo, orientem, e, então, quando os problemas aparecem, se escondam em reuniões que ninguém vê, transformem-se em promotores, quando na realidade mais pura e simples são réus de primeira hora.       

É óbvio que a decisão para o caso é política, passa por reunião entre governo, prefeitura e Atlético Paranaense, como se diz no futebol, a lavagem de roupa suja que encaminha para o melhor resultado.

O Atlético não precisa de amigos, nem do regulamento, nem da calúnia. Precisa de diálogo com o governador e prefeito, gente com caneta para assinar, o barulhar da raia miúda em busca de pretextos, desculpas, culpados, não ajuda em nada, é um gasto absurdo de tempo, quando o que menos se tem é tempo.

Por certo, governador e prefeito têm a seus lados políticos dedicados à composição, ao acordo, que poderão encaminhar a conciliação, a uma solução razoável para o impasse. Como o amigo pode bem adivinhar, dependemos unicamente de homens de boa vontade.

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