sexta-feira, 4 de outubro de 2013

A ESPERANÇA RENASÇA

A juíza Lorena de Mello Rezende Colnago, com base no relatório do Grupo Móvel de Condições de Trabalho em Obras de Infraestrutura (GMAI), embargou os trabalhos na arena da Baixada.

Com o objetivo de fiscalizar a obra, o GMAI esteve vários dias em Curitiba, foi recebido respeitosamente pela direção atleticana e segundo as palavras do presidente Petraglia criou “um clima terrível, um clima de terror, um clima de 'vamos paralisar', de 'você está errado', um clima horroroso".

O relatório do grupo terrorista que serviu de base para o embargo da obra apontou “grave risco de soterramento de trabalhadores, atropelamento e colisão, queda de altura e projeção de materiais, dentre outros graves riscos”.

Meus irmãos, se essas possibilidades dão causa a embargos, que se embarguem os governos federal, estadual e municipal. Em todo verão os soterramentos assolam o país, os atropelamentos dão ao Brasil estatísticas de guerra, as colisões diárias matam milhares de brasileiros, as quedas são causas frequentes de óbito das velhinhas que insistem em caminhar em nossas calçadas, crianças naufragam em fossas a céu aberto, a projeção de materiais obrigou a evacuação de São Francisco do Sul. Quer embargar? Pois que o GMAI embargue o Brasil varonil.

Por que o GMAI não aventou a possibilidade de projeção de materiais na ponte estaiada, outra obra merecedora da sua fiscalização, onde meia Curitiba passa diariamente sob o arco em construção? Tire o amigo suas conclusões.

Ressalte-se a declaração do chefe da Seção de Inspeção do Trabalho do MTE, Sérgio Barros, um paranista de carteirinha, sobre da atuação do GMAI: "Tudo o que foi pedido, foi implementado pelo Atlético. Se existe alguma pequena necessidade corretiva, não será na base da paralisação da obra, esse é meu entendimento como engenheiro civil... Não vi em nenhum setor algo que impeça o retorno imediato da obra". O bicho é valente.

É justo o empenho de proteger nossos operários, injusto é deliberada e ameaçadoramente atacar obra gigante em que nenhum acidente se verificou em meses de trabalho intenso. No Maracanã, após chuvarada, operários caminhavam sobre as coberturas plásticas esgotando as piscinas aéreas formadas pelo dilúvio, sem qualquer proteção. Onde estavam os terroristas do GMAI?

Hoje os terroristas voltam a Curitiba e eu volto à palavra do engenheiro Sérgio Barros: “Não sei como será o diálogo amanhã, mas na minha posição de chefe da seção de inspeção do trabalho, me sinto no dever de vir aqui e falar que não vamos demonizar a obra da Copa. Não podemos e se tiver um problema, vamos resolver já. Segurança é assim, a gerência de risco não termina nunca”.

Meus irmãos rubro-negros, eu que já estava descrente do meu Paraná, com essa tralha que nos governa, fui encontrar na arquibancada do relógio alguém que me fez sentir de novo orgulho de ser paranaense. Às vezes o terror precisa bater à sua porta para que os verdadeiros homens apareçam, a esperança renasça.

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